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Ribeirão

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Obras de escolas e creches travam na região

Oito estabelecimentos de ensino estão atrasados ou ainda não foram iniciados apesar de terem recursos liberados

Para especialista, atrasos são sintoma da desvalorização e descaso do poder público com educação

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Ao menos quatro cidades da região de Ribeirão Preto estão com obras atrasadas em escolas e creches municipais. Principal gargalo do ensino público, sete unidades da educação infantil estão com as obras "travadas".

Apenas em São Carlos cinco Cemeis (Centros Municipais de Educação Infantil) estão com as construções paradas. Duas delas --no Cidade Aracy e no Santa Felícia-- tiveram as obras iniciadas, mas foram paralisadas.

Outras três tiveram R$ 2,4 milhões de recursos liberados pelo governo federal, mas ainda não foram iniciadas.

A Prefeitura de São Carlos não quis se manifestar sobre os atrasos.

Os moradores de Restinga estão sem creche desde o início do ano. A única que existia foi fechada pelo prefeito afastado, Paulo Pitt (DEM), no final do ano passado por não ter AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).

Pitt disse que previa entregar a nova unidade no início do ano --foi finalizada em março. Apesar de pronta, a creche, com capacidade para 185 crianças, ainda não foi inaugurada por falta de mobiliário e professores.

Pitt teve o mandato cassado pela Câmara sob acusação de irregularidades, entre elas desvio de verba da educação. Ele nega as acusações.

O prefeito interino, Dejair de Freitas (PMDB), que assumiu há dez dias, disse que deverá contratar funcionários e fazer licitação para comprar os móveis em até 30 dias.

Em Sertãozinho problemas com a construtora atrasaram em quase três anos a reforma da Emei (Escola Municipal de Ensino Infantil) Éden Ambrósio. Os 225 alunos tiveram que ser transferidos para outra unidade do município.

Luciene Tognetta, professora do núcleo de psicologia da educação da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) de Araraquara, afirmou que o atraso nas obras é mais um sinal da desvalorização da educação pública.

"Em um país em que se investe tão pouco em educação, que vaga em creche só se consegue com ação na Justiça, o atraso é apenas mais um sintoma grave da desvalorização e descaso do poder público", disse a professora.

Já em Ribeirão Preto, a prefeitura retomou neste ano a ampliação da escola de ensino fundamental José Rodini, no Jardim Zara, iniciada há dez anos. A obra tem custo de R$ 1,1 milhão e deveria ter sido entregue em abril do ano passado.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve a uma "sequência de desistência das empresas vencedoras da licitação". As obras, retomadas pela própria prefeitura, devem ser entregues em julho.


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