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Manifestantes rejeitam cadastro e cancelam ato
DE RIBEIRÃO PRETODepois de terem se recusado a fazer cadastro com apresentação de documento e foto na Câmara, cerca de 50 integrantes do grupo Movimento Jovem Independente, que fariam um novo protesto no plenário, não entraram na Casa.
Seria a quinta manifestação na Câmara desde que os vereadores proibiram o uso de máscaras em protestos na sede do Legislativo.
O cadastramento foi adotada pelo presidente da Câmara, Walter Gomes (PR), depois da apreensão de coquetéis molotov, bombas e um rojão no estacionamento da Casa, durante sessão no último dia 15.
A Câmara diz que os artefatos apreendidos são do movimento, que contesta e alega que eles foram "plantados" para incriminá-los.
Ontem, os manifestantes questionaram os três funcionários da portaria sobre a legalidade da apresentação de documento com foto e o cadastramento.
"Queremos que vocês nos mostrem um documento que comprove que a medida é legal", afirmou o autônomo Lúcio Souza, 21.
Um dos funcionários mostrou à Folha que, de terça-feira até as 18h30 de ontem, foram feitos 608 cadastros, a maioria de funcionários da Câmara.
O cadastramento não foi exigido aos jornalistas que acompanharam a sessão.
Gomes disse que a medida é um ato da comissão de segurança da Casa. "É preciso questionar por que eles não querem se identificar", afirmou o parlamentar.
Depois das queixas, uma cópia do ato foi fixada na entrada da Câmara.