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Agrishow começa em meio a incertezas

Novas tecnologias podem ser alento para o setor que, por causa do clima, deve ter produção menor na atual safra

Expectativa é receber público de 170 mil em 5 dias; presidente não sabe se haverá faturamento maior

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

Maior feira do agronegócio na América Latina, a Agrishow abre hoje sua 21ª edição em meio a incertezas sobre um ano mais fraco no setor, afetado por problemas no clima após safras recordes.

A feira, que termina sexta-feira em Ribeirão Preto, tem expectativa de receber 170 mil visitantes --13 mil a mais até a previsão feita anteontem.

O presidente da Agrishow, o empresário do setor sucroenergético Maurilio Biagi Filho, afirmou que esta edição da feira pode superar a do ano passado, que terminou com R$ 2,6 bilhões em negócios.

"É a maior feira de todos os tempos, com mais expositores, maior área coberta, e o maior número de experimentos [demonstrações de máquinas]." Ele, no entanto, não divulgou dados sobre o volume de negócios esperado.

A falta de chuvas no verão reduziu a estimativa das safras da cana-de-açúcar e do café para este ano.

Já o excesso de chuvas no Mato Grosso, principal produtor de grãos do país, afetou a produção de milho e soja. Isso frustrou a expectativa de que o Brasil superasse a produção dos EUA e se tornasse líder mundial no setor.

Com isso, a produção de grãos nacional saiu de um crescimento de 13,47%, na safra 2012/13, e entrou na expectativa de avanço de 1,11% no período 2013/14. Desde a safra 2009/10, o Brasil tem superado suas marcas históricas na produção de grãos.

O cenário levou empresários e analistas a ver com cautela a possibilidade de o agronegócio repetir o ritmo do crescimento.

No setor de máquinas agrícolas, ponto forte da feira, a expectativa é de ao menos empatar com 2013, segundo João Carlos Marchesan, presidente da Câmara Setorial de Maquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq (associação da indústria de máquinas e quipamentos).

"Os preços das commodities estão firmes. A gente entende que há possibilidade de recuperação."

O lançamento e demonstração de novas máquinas e tecnologias são destaques da Agrishow. Neste ano estão previstos 600 demonstrações de campo na área do evento.

O foco do agronegócio na tecnologia, segundo fontes do setor, permitiu alta da produtividade. Nas últimas quatro safras, enquanto a área plantada cresceu 13%, a produção de grãos avançou 26%.

"A feira é um divisor de águas [no agronegócio], porque acontece no momento em que o produtor define o investimento", disse Marchesan.

"A expectativa é positiva", disse o gerente de vendas da Valtra, Alexandre Assis. "As commodities, principalmente grãos, mantém um patamar de preços bom e o agricultor tendo receita consequentemente investe no negócio dele."

A empresa espera faturar 10% mais na edição deste ano, onde serão lançadas novas linhas de tratores.


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