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Ribeirão

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Sem chuva, região sofre com rios baixos

Cidades atendidas pela bacia do Pardo adotam racionamento após chuvas de abril não recuperarem perda hídrica

Brodowski e Altinópolis distribuem água em caminhões-pipa e usam novo poço do aquífero, respectivamente

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

As chuvas de abril não conseguiram recuperar o nível dos rios, o que fez com que cidades do interior adotassem racionamento no abastecimento de água.

O rio Pardo atingiu o menor nível para o mês de maio desde 2001, segundo dados da estação de medição da ANA (Agência Nacional de Águas) instalada no Clube de Regatas de Ribeirão Preto.

O Pardo está com só 66 cm de profundidade na cidade. No ano passado o nível mínimo no mês foi de 95 cm. Os meses de abril a setembro são o período mais seco do ano na região Sudeste do país.

Essa situação ocorreu apesar de, em abril, o volume de chuvas ter sido 36% maior que a média histórica em Ribeirão Preto, segundo dados da Defesa Civil do Estado.

Como o volume a mais de chuva no mês, 21,7 mm, foi insuficiente para recuperar o déficit registrado de dezembro a março (período chuvoso do ano), cidades atendidas pela bacia do Pardo, como Casa Branca, iniciaram racionamento de água.

A cidade fará rodízio entre regiões --cada dia uma fica sem água. Tambaú também iniciou o racionamento, ainda no fim de abril.

"Se continuar sem chuva, não sei o que vai acontecer" afirmou o diretor do Departamento de Água e Esgoto de Casa Branca, Luiz Carlos Fernandes Bueno. "A situação está crítica, como em todo o Estado de São Paulo."

Casa Branca capta água em dois afluentes do Pardo. Um dos reservatórios da cidade secou e o outro está com 40% de sua capacidade, quando ambos deveriam estar cheios nesta época do ano.

PREVISÃO

A meteorologista Helena Turon Balbino, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), afirmou que é esperado que os próximos meses sejam secos, como todos os anos.

"Estamos numa época que não é de chuva e deverá ser seca como todo o inverno."

Além de manter os reservatórios baixos, as últimas chuvas também não repuseram o nível de água das nascentes de rios e os reservatórios naturais do solo.

Isso torna mais demorada a recuperação dos reservatórios quando chove, segundo o diretor do Departamento de Obras e Infraestrutura de Santa Rita do Passa Quatro, João Alex Baldovinotti.

Sem chuva há 20 dias, segundo ele, a cidade viu o nível de seu reservatório cair pela metade, de 90% para 45%. A água desceu 1,3 metro, e hoje está em 50 cm de profundidade. Se alcançar o nível de 10 cm, deverá ser adotado um racionamento.

Já em Brodowski, a prefeitura passou a fornecer caminhões-pipa para produtores rurais cujos poços secaram há pelo menos 20 dias.

A cidade não enfrenta problemas de abastecimento pois capta água em poços a 300 metros de profundidade no aquífero Guarani.

Em Altinópolis, a captação de água no córrego Mato Grosso foi suspensa após a vazão cair pela metade, segundo o engenheiro ambiental da prefeitura Arão Santos Peruzzi. Um novo poço passou a operar nesta semana, elevando em 40% o fornecimento de água.


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