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Cidade Limpa expõe crise e falta de diálogo entre Dárcy e o PMDB
Vereadores afirmam que foram induzidos a erro pela prefeita, que não comenta o caso
A tentativa de flexibilizar a Lei Cidade Limpa em Ribeirão expôs ainda mais a crise entre a prefeita Dárcy Vera (PSD) e o PMDB, principal aliado político e partido do seu vice, Marinho Sampaio.
Os vereadores peemedebistas reclamam da falta de diálogo com o Executivo.
A situação se deteriorou após a base ter homologado em primeira discussão, de forma ilegal, as alterações na lei que rege os anúncios publicitários, semana passada.
"A prefeita nos induziu a erro, foi terrível", disse o vereador Samuel Zanferdini.
Para alterar o texto do Cidade Limpa, o governo deveria ter feito audiência pública, conforme a lei, mas não fez. No documento enviado à Câmara dia 24 Dárcy disse que o ato foi feito. Depois, recuou e afirmou que houve só reunião com empresários.
Em meio ao imbróglio, a base governista impôs a Dárcy uma derrota e rejeitou o texto em segunda votação na última terça-feira (13).
Os peemedebistas afirmam que Dárcy não abre espaço para aliados exporem opiniões. A base já pediu que ela convoque reuniões, inclusive com a oposição, para discutir projetos e casos complexos antes da votação. Dizem que nunca foram atendidos.
A situação chegou ao ponto de aliados fazerem campanha agressiva e até elevado o tom na Câmara. Na terça (13), o vereador Léo Oliveira disse lamentar "o presente de grego" de Dárcy à base, em referência ao Cidade Limpa.
Em outra ocasião, Zanferdini chamou a secretária da Infraestrutura, Isabel de Farias, de "despirocada", em sua decisão de recorrer a empresários para obter verbas.
Com o estremecimento, até o ex-presidente da Casa e vereador mais antigo, Cícero Gomes da Silva, se afastou de Dárcy. "Não tenho tido mais contato com a prefeitura."
Presidente do PMDB-SP, o deputado estadual Baleia Rossi foi procurado, mas não comentou o tema. Sua assessoria disse que não há problemas entre a sigla e a prefeita.
Dárcy também foi procurada, mas não falou. Secretário da Casa Civil, Luchesi Junior disse que responderia, mas não o fez até esta quinta (15).
