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Ribeirão

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Postos voltam a ficar sem medicamentos

Também faltam produtos de higiene; servidores fazem 'vaquinha' para comprar água e detergente, diz sindicato

Prefeitura afirma que problema é pontual e alega renovação de contratos e fim da produção de remédios

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Farmácias de UBDSs (Unidades Básicas Distritais de Saúde) de Ribeirão voltaram a enfrentar a falta de remédios de uso contínuo. Mas esse não é o único problema enfrentado por servidores e pacientes na rede municipal.

O estoque do almoxarifado central não conta com produtos básicos de limpeza, o que faz com que funcionários de postos de saúde organizem "vaquinhas" para comprar os materiais em falta.

Em fevereiro, faltavam nos postos de saúde cinco tipos de medicamentos. Desde a última semana, são nove os remédios em falta, para diferentes tratamentos.

A Folha percorreu os postos na semana passada e nesta segunda-feira (19). Constatou a falta de medicamentos nas unidades Dr. Marco Antônio Sahão, na Vila Virgínia, e Dr. Joel Domingos Machado, no Sumarezinho.

Faltam nortriptilina (antidepressivo), dexametasona (anti-inflamatório), prometazina (antialérgico), dinitrato de isossorbida (para angina e insuficiência cardíaca), tiamina (vitamina B), polivitamínico, clonazepam (anticonvulsivo), periciazina (antipsicótico) e metronidazol (tratamento ginecológico).

Segundo o presidente do Conselho Municipal da Saúde, José Ricardo Guimarães Filho, a falta decorre de atrasos nos pagamentos do governo de Dárcy Vera (PSD) a fornecedores.

"Foi o que disseram funcionários dos postos, embora o secretário [Stenio Miranda] negue", afirmou.

Em nota, a prefeitura confirmou a falta dos medicamentos, mas alegou que o problema é pontual e negou atrasos nos pagamentos.

Da lista em falta, constam medicamentos entregues pela própria administração. "O governo não pode privar o usuário do remédio, é ilegal", afirmou Guimarães.

Segundo ele, quem se sentir prejudicado deve formalizar uma queixa no conselho.

"Caso não haja providências, informaremos o Ministério Público", afirmou.

A dona de casa Rosa Maria Conceição Cruz, 54, que utiliza um anti-inflamatório, afirmou que não é a primeira vez que fica sem o medicamento e que a falta prejudica seu tratamento. "Se eu tivesse condições, compraria", disse.

ATRASOS

Em crise financeira, o governo de Dárcy Vera (PSD) deixou de pagar, mais uma vez, a empresa responsável por exames de raio X nas unidades de saúde.

Além disso, o Sindicato dos Servidores de Ribeirão apontou atraso no pagamento a fornecedores de sabão, água sanitária e detergente. A entidade fez vistoria no almoxarifado na última quarta (14).

"Não há esses produtos no estoque e servidores relataram que estão comprando de seu próprio bolso", afirmou Célio Costa, diretor seccional da Saúde do sindicato.

A "vaquinha" ocorre, por exemplo, na USF (Unidade Saúde da Família) do bairro Jardim Maria Casagrande, segundo ele. O sindicato informou que enviará uma denúncia sobre o problema ao Conselho da Saúde.


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