Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Justiça veta baixar nível de represa de Peixoto

Cidades no entorno do lago afirmam que redução para gerar energia ameaça economia

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

A Justiça Federal proibiu a empresa Furnas Centrais Elétricas de adotar qualquer medida que reduza o nível do reservatório da usina hidrelétrica Mascarenhas de Moraes, localizada no rio Grande.

A decisão liminar foi tomada após ação movida pelos municípios mineiros de Delfinópolis, Passos e São João Batista do Glória, banhados pela represa, também conhecida como Peixoto e muito frequentada por turistas de Franca e cidades do entorno.

Elas alegam que o abastecimento de água em São João e Passos pode ser prejudicado, assim como o acesso a Delfinópolis, feito por barco.

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) determinou a redução do reservatório da usina ao nível mínimo operacional. Isso pode levar a represa a baixar até 10,38 m em relação ao nível atual.

A decisão do ONS foi adotada para garantir a produção de energia elétrica durante o período sem chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, de maio a setembro, segundo informou Furnas, operadora da usina.

A estiagem no início deste ano reduziu o nível das represas das regiões Sudeste e Centro-Oeste ao menor patamar para o mês de abril desde 2001. Mascarenhas de Moraes é responsável por 2,18% das reservas das duas regiões.

Na decisão, o juiz federal de Passos Bruno Augusto Santos Oliveira determinou que Furnas apresente o estudo que embasou a decisão de reduzir o nível do reservatório e as medidas compensatórias que serão adotadas.

O juiz fixou multa de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento da decisão.

Furnas informou que "está buscando soluções e tomando todas as medidas possíveis para mitigar as consequências da redução do nível do reservatório".

A empresa fez obras para adequar o sistema de abastecimento de Passos e de São João Batista do Glória.

A decisão de reduzir o nível do reservatório, segundo Furnas, foi de responsabilidade do ONS. A empresa afirmou ainda que não foi notificada da decisão. O ONS foi procurado, mas não se manifestou sobre a decisão.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página