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Ribeirão

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Nº de empregos em abril é o pior em 8 anos

Em todo o mês, microrregião de Ribeirão criou só dez vagas; em São Carlos, foram fechados 82 postos de trabalho

Para especialistas, o baixo desempenho é resultado de um cenário de insegurança na economia brasileira

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

A criação de empregos com carteira assinada em 82 cidades da região de Ribeirão Preto em abril foi a menor para o mês dos últimos oito anos.

Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho e Emprego mostram que foram criadas 5.544 vagas na região de Ribeirão no mês passado.

O número é o menor desde 2007, quando passaram a ser contabilizados os dados para cada microrregião.

As vagas criadas neste ano representam menos da metade do total registrado no mesmo mês do ano passado, que teve saldo de 12.215 (veja quadro nesta página).

O setor que mais perdeu vagas foi o comércio, com o fechamento de 1.258 postos de trabalho. Já o setor de serviços e a indústria tiveram os melhores desempenhos, com a abertura de 2.437 e 2.204 vagas, respectivamente.

O economista Roberto Fava Scare, professor da FEA -RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP, afirmou que os dados regionais refletem um cenário econômico "degradado" do país.

"O índice de desemprego era o único que se mantinha favorável, enquanto as exportações caíam e a inflação aumentava. Até agora só os empresários reclamavam, mas infelizmente esse cenário, finalmente, chegou às camadas mais pobres", disse.

As exportações dos dez maiores municípios da região de Ribeirão Preto caíram 31% no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período em 2013, conforme a Folha revelou no último sábado (17).

Para o economista Cláudio Miranda, também docente da FEA-RP, a queda no índice de novos empregos se deve à falta de confiança dos empresários e do aumento generalizado dos custos de produção.

"O cenário não está favorável para o empresário e ele tem duas opções: reduz investimento ou a folha de pagamentos", disse Miranda.

PIOR SITUAÇÃO

As microrregiões com piores desempenhos foram as de São Carlos, que registrou o fechamento de 82 vagas, e Ribeirão Preto, que só criou dez empregos em um mês.

As 17 cidades que compõem a microrregião de Jaboticabal, por sua vez, foram responsáveis pela criação de 2.150 vagas, 39% de todas as criadas na região em abril.

Em Franca, o saldo foi positivo em 481 vagas, influenciado pela abertura de 212 empregos na indústria.

Para Scare, a tendência é pessimista para os próximos meses em razão da Copa do Mundo e das Eleições. Segundo ele, os setores da indústria e comércio devem sofrer os maiores impactos negativos, além da construção civil.

"Apesar de a maior parte das contratações já terem sido feitas, o setor de serviços deve continuar em alta por ser favorecido pela Copa."


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