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Dárcy admite falha na morte de Gabriela

Adolescente morreu depois de passar por três unidades de saúde; prefeita diz que governo tem de admitir erro

Afirmação foi feita no palácio Rio Branco e gravada pelo advogado da família; vídeo será entregue para a polícia

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), admitiu nesta sexta-feira (23) que houve falha no atendimento à jovem Gabriela Zafra, 16, que morreu com suspeita de meningite, e que a prefeitura tem que assumir o erro.

A afirmação foi feita ao pai e ao irmão da adolescente no hall de entrada do gabinete de Dárcy, no palácio Rio Branco, enquanto 150 jovens protestavam pela morte da jovem em frente à prefeitura.

Gabriela morreu no último dia 16. Segundo a mãe dela, Fabiana Gomes, 39, ela foi atendida cinco vezes em três unidades de saúde.

Gabriela morreu na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento), depois de procurar tratamento no local três vezes.

A conversa entre os familiares de Gabriela e a prefeita foi filmada pelo advogado da família, Daniel Rondi, que publicou o vídeo à tarde em uma rede social.

Nas imagens, Dárcy aparece ajoelhada no chão junto com Gustavo da Silva, 19, irmão de Gabriela, que também está ajoelhado e chorando.

"Realmente houve falha, a prefeitura tem que assumir", disse Dárcy. "Deveria ter feito mais exames nela."

Emocionado, Silva agradeceu as palavras da prefeita e se virou para o secretário da Saúde, Stenio Miranda.

"Doutor, agora o senhor pode falar. Agora o senhor fala para mim, o senhor está se segurando. Fala para o povo escutar, houve falha", disse. O secretário não respondeu.

"Ela não fez nenhum exame. Foram pedir depois que morreu", disse Rondi, que afirmou ainda que o vídeo será entregue à Polícia Civil, que investiga o caso.

A prefeita se comprometeu a divulgar o relatório da comissão técnica formada para apurar a conduta dos médicos até terça-feira (27) e que ele embasará as medidas a serem tomadas.

O irmão de Gabriela disse que a família não quer ser indenizada pela morte.

"Não queremos dinheiro porque isso não vai trazer minha irmã de volta. Só queremos melhorias nos postos de saúde", afirmou.

EMOÇÃO

Antes de entrar na prefeitura, o irmão de Gabriela, que liderou o protesto, foi atendido pelo secretário da Saúde na entrada do prédio.

Emocionado, ele se ajoelhou em frente a Miranda e disse que implorava que a justiça fosse feita.

"Ajuda a gente, doutor. Minha irmã implorou por atendimento médico e falavam que ela estava bem", afirmou.

Silva fez duras críticas à saúde de Ribeirão Preto, enquanto os jovens gritavam por pedidos de "justiça" e cantavam trechos de músicas em memória à adolescente.

Miranda também se ajoelhou na frente de Silva e o abraçou, dizendo que a família terá respostas.


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