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Uniforme escolar e merenda geram CPIs

Câmara de São Carlos apura abandono de 8.000 conjuntos de roupas; em Batatais, suspeita é de sumiço de carne

Encontro de uniformes gera discussão entre o governo atual e os anteriores; Batatais alega ter sindicância

O abandono de 8.000 uniformes escolares e o suposto sumiço de alimentos da merenda escolar, incluindo carne, geraram a criação de comissões de inquérito em São Carlos e Batatais.

A Câmara de São Carlos aprovou a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na última semana para apurar o abandono de cerca de 8.000 uniformes escolares da rede municipal.

As peças foram encontradas aos poucos, a partir de abril, descartadas no antigo prédio do Sesi, no almoxarifado da prefeitura e no Fundo Social de Solidariedade.

O cronograma de trabalho da comissão deve ser definido nesta semana.

O abandono dos uniformes desencadeou mais uma briga política entre a atual administração, do prefeito Paulo Altomani (PSDB), e as anteriores. O PT administrou a cidade por 12 anos, com Newton Lima (2001-08) e Oswaldo Barba (2009-12).

Para a prefeitura, a responsabilidade é das gestões anteriores. Ex-membro do primeiro escalão na gestão Newton, o vereador Roselei Françoso (PT) alega que o oposto.

Procurada, a Prefeitura de São Carlos informou que não tomou nenhuma medida e que vai aguardar o relatório final da CPI na Câmara, que deve concluir de quem é a responsabilidade.

Já em Batatais, foi protocolado na Câmara o pedido de abertura de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para apurar denúncias que envolvem a cozinha piloto --que fornece alimentação para estudantes e programas assistenciais da cidade.

Todos os 15 vereadores do município assinaram o documento. Segundo o presidente da Câmara, Juninho Gaspar (PTB), denúncias que chegaram via redes sociais apontam o sumiço de vários alimentos, incluindo carne, que estariam sendo desviados para outros fins.

DENÚNCIA

A denúncia sobre a conduta irregular foi feita, de acordo com ele, por próprios funcionários do setor.

Utensílios de cozinha também teriam sido levados.

O pedido de abertura da CEI deve ocorrer na próxima sessão. Na sequência, será definida a formação da comissão, que terá cinco membros e duração de 60 dias.

Estão previstos depoimentos de funcionários e pedidos de documentos de entrada e saída de alimentos.

Segundo o secretário da Justiça e Cidadania de Batatais, Ariovaldo Mariano Gera, a prefeitura abriu em março sindicância para apurar o caso e só depois de finalizá-la tomará alguma medida.

Ainda conforme ele, as denúncias são sobre conduta irregular, mas ainda não são claras quanto ao que teria acontecido com os alimentos.

Procurados pela Folha, funcionários do local não quiseram comentar as denúncias. Um deles, que disse ter sido ouvido pela sindicância da prefeitura, afirmou que recebeu orientação para não dar declarações.

Um outro afirmou, sob condição de anonimato, a exemplo do primeiro, que existe um controle rigoroso dos alimentos que entram e saem da cozinha piloto da cidade.

Em um grupo de discussão criado em uma rede social, moradores cobram explicações e apontam destinos diferentes para o suposto desvio. A cozinha fornece alimentação para mais 5.000 estudantes locais.

Além da merenda, também atende programas sociais. Segundo a prefeitura, o fornecimento da merenda não ficou prejudicado.


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