Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Público cai, mas feira aprova novo modelo

Organização atribui queda à exclusão de grandes shows e diz que formato será mantido

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

Em um cenário de contrastes --com discussões complexas sobre a sociedade dentro dos teatros, enquanto menores fumavam maconha do lado de fora--, a 14ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto terminou no domingo (25) com redução de público.

Cerca de 450 mil pessoas estiveram no evento, segundo o presidente da fundação, Edgard de Castro, 150 mil a menos do que a expectativa inicial da organização.

O motivo foi a exclusão dos grandes shows da programação do evento, que eram realizados até a última edição. "Os shows atraíam muita gente", afirmou Castro.

Para o presidente da feira, a redução, no entanto, não significa prejuízo para o evento, já que a queda foi gerada pelo público que ia à feira especificamente para os shows musicais e não participava de eventos como os debates e a venda de livros.

Além da redução de público e a exclusão dos grandes shows, a feira deste ano foi também marcada por furtos, roubos e atos de vandalismo contra lojas e ônibus, além de tráfico e consumo de drogas à luz do dia.

A Folha flagrou durante a semana adolescentes usando maconha nos bancos da praça Carlos Gomes, ao lado da praça 15, onde se concentraram estandes de livrarias.

Na tarde da quarta-feira (21), nove crianças usavam entorpecente próximas a seguranças da feira, que nada fizeram para coibir o ato.

Já no dia seguinte, outro flagrante: jovens preparavam a maconha para o consumo, enrolando a droga em papel.

Castro disse que a feira busca a inclusão dos jovens ao evento e que não tem como controlar estas questões.

"Nós temos uma juventude nova, barulhenta e que tem muito pouco comprometimento com o livro e com a cultura. Precisamos trazer essas crianças para cá, não tem como excluí-las."

A feira também gerou reclamações de lojistas e moradores do centro sobre vandalismo e som alto.

Questionado, Castro não informou se haverá mudanças na feira por causa destas situações envolvendo jovens.

No entanto ele afirmou que o formato, que exclui a realização dos grandes eventos musicais, será mantido para os próximos anos.

DEBATES

Outra questão que também foi implementada neste ano e será mantida pela organização é a definição de um tema que irá permear os debates.

Para o próximo ano, embora ainda não esteja delimitado, o tema geral será em torno da cultura brasileira.

O tema deste ano foi "A História em Suas Mãos: o Livro e a Leitura Diante de Novos Direitos Civis e dos Novos Sujeitos Sociais Brasileiros".

A 14ª Feira Nacional do Livro teve início no dia 15. Desde então, até este domingo, foram realizados 600 eventos, com 98 escritores.

Participaram 48 editoras, com 116 estandes distribuídos na praça 15 e no parque Maurilio Biagi. A estimativa era a de que a feira movimentasse R$ 21,9 milhões.

O balanço sobre a movimentação financeira da Feira do Livro deve ser divulgado até o fim desta semana.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página