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Ribeirão

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Morte na rede municipal lota hospital filantrópico

Beneficência Portuguesa atende pacientes do SUS de forma improvisada

Santa Casa também registrou alta no fluxo de pacientes encaminhados, mas governo nega problema

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Hospitais filantrópicos de Ribeirão Preto tiveram aumento no total de pacientes encaminhados pelas unidades de saúde do município e a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) após a repercussão da morte da jovem Gabriela Zafra, 16.

A adolescente morreu no último dia 16 com suspeita de meningite na UPA, depois de ter passado por cinco atendimentos médicos em três unidades de saúde. A prefeita Dárcy Vera (PSD) admitiu que houve falha médica e os profissionais que a atenderam foram afastados.

No hospital Beneficência Portuguesa, por exemplo, pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) estão sendo atendidos de forma "desumana", de acordo com o coordenador do setor de pronto atendimento, Ystannyslau Bernardes da Silva.

Segundo ele, o número de pacientes encaminhados dobrou depois da repercussão da morte da jovem.

"Temos sete leitos do vaga zero', mas estamos atendendo um média de 20 pacientes por dia que são encaminhados", afirmou.

O "vaga zero" é um mecanismo que garante o atendimento de casos de urgência, mesmo quando não há condições para tal. A utilização abusiva, entretanto, pode causar problemas.

Silva admitiu que a atual situação expõe o hospital a risco de mortes pelo número reduzido de funcionários.

"Os pacientes estão sendo atendidos nos corredores e em cadeiras, em salas improvisadas", afirmou.

A diretoria enviou uma carta ao secretário da Saúde, Stenio Miranda, informando a situação e pedindo para evitar a sobrecarga no hospital.

Até a tarde desta sexta-feira (30), entretanto, o documento não foi respondido.

Na Santa Casa, também houve aumento no envio de pacientes depois da repercussão da morte da jovem.

Embora tenha confirmado a alta, a assessoria de imprensa do hospital informou apenas que, por enquanto, os médicos estão conseguindo atender a demanda.

"É natural que os médicos [das unidades de saúde] estejam assustados", afirmou Ângelo Mario Sarti, delegado do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) em Ribeirão.

Nesta sexta-feira (30), ele autorizou a fiscalização em duas unidades de saúde após receber novas denúncias.

REGULAÇÃO

Em nota, a Secretaria da Saúde afirmou que os pacientes são encaminhados por meio da regulação médica.

Antes do encaminhamento, os casos passam por avaliação. A pasta negou a existência dos problemas relatados pelos hospitais.


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