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Ribeirão

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Em 24 h, Ribeirão tem onda de ataques e transporte é suspenso

Ações foram feitas por moradores de bairros da zona oeste, após morte de suspeito de roubos

Dois ônibus, carro de TV e caminhões foram incendiados; PM diz que prendeu dois suspeitos pelos crimes

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Ataques incendiários em série iniciados no começo da tarde deste sábado (31) até o começo da tarde deste domingo (1º) fizeram o serviço de transporte coletivo em Ribeirão Preto ser suspenso no final de semana, por duas vezes, em menos de 24 horas.

Ao menos seis veículos, entre eles um ônibus e um carro da TV Clube, afiliada da Band, foram incendiados por moradores dos bairros Branca Sales e Parque Ribeirão, zona oeste, em represália à morte de um suspeito de roubos pela Polícia Militar.

Dois carros da PM foram danificados com pedras e outros dois ônibus foram depredados, de acordo com a assessoria do consórcio Pró-Urbano, que presta o serviço de transporte coletivo em Ribeirão. Ao menos três pessoas foram feridas nos ataques.

Segundo a PM, Tiago de Campos Guandalin, 31, morador do Branca Sales, foi morto por policiais após simular pegar uma arma. Ele estava sendo perseguido por suspeita de roubar um carro e uma farmácia no Nova Aliança, zona sul, no sábado.

Os moradores do Branca Sales atearam fogo no ônibus coletivo. Com medo, os motoristas das quatro empresas que fazem o serviço na cidade recolheram os veículos no meio da tarde. Passageiros ficaram sem ter como voltar para a casa no sábado.

No domingo de manhã, os ônibus voltaram a circular, porém, com escolta da PM. Passava do meio-dia quando, no entanto, um novo ataque aconteceu no Parque Ribeirão. O alvo foi um caminhão do Daerp (departamento de água e esgoto do município).

De acordo com a PM, cem populares mandaram os funcionários do departamento saírem e atearam fogo no veículo. Ninguém se feriu no local. O Corpo de Bombeiros apagou as chamas sob escolta de cinco carros da PM.

Por causa disso, dez linhas de ônibus que circulam pela região foram suspensas. "Os motoristas estão em pânico", afirmou Alcides de Souza Filho, vice-presidente do Seturp (Sindicato dos Empregados do Transporte Urbano de Ribeirão Preto).

O corpo de Guandalin foi enterrado neste domingo. Segundo a PM, ele estava com um outro homem, que foi preso. A identidade dele não foi revelada pela corporação.

Já Marcelo Thiago dos Reis Horácio, 27, foi preso no sábado suspeito de atear fogo no ônibus coletivo. A Folha não conseguiu falar com ele.

José Vicente da Silva Filho, coronel reformado da PM e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirmou que a polícia deve prender o maior número de pessoas possível em caso de ataques em série para coibir novas ações criminosas.

"A polícia não pode se sentir intimidada. Este tipo de revolta e manifestação popular não pode ser tolerada. Precisa investigar o caso", afirmou o especialista em segurança.


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