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Prefeitura admite erros no caso Gabriela

Quatro falhas de atendimento foram listadas por comissão que avaliou as causas da morte da jovem de 16 anos

Sindicância foi aberta nesta 2ª para apurar responsabilidades; advogado diz que conclusão foi genérica

MARIANA BRUNO DE RIBEIRÃO PRETO

Ao menos quatro falhas de atendimento na rede municipal de saúde podem ter contribuído para a morte da jovem Gabriela Zafra, 16, no último dia 16 na UPA (unidade de pronto-atendimento) de Ribeirão Preto.

Os erros --dispensada sem passar por avaliação médica, falha no critério de risco, registro de atendimento incompleto e exames colhidos que não foram analisados em laboratório-- foram listados por uma comissão da Secretaria Municipal de Saúde.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (2) pelo secretário de Saúde, Stenio Miranda. Uma sindicância foi aberta por ele para apurar as responsabilidades pelos erros e se a morte da jovem teve relação direta com as falhas. A investigação pode durar até seis meses, segundo ele.

Miranda afirmou que, mesmo com a constatação das falhas, ainda é prematuro afirmar que, se não houvessem os erros, a vítima poderia ter sobrevivido.

Para o advogado da família, Daniel Rondi, a conclusão foi "genérica".

Gabriela morreu depois de passar por cinco atendimentos médicos em três unidades de saúde entre os dias 15 e 16. Mesmo com pedido da família, nenhum exame de sangue foi realizado.

A causa da morte da jovem, segundo o relatório do SVO (Serviço de Verificação de Óbitos) foi meningococcemia, com complicações e choque séptico (causado por infecção generalizada).

A meningoccemia é uma doença causada por uma bactéria que se espalha pela corrente sanguínea e pode ou não se associar a meningite.

Segundo o secretário, a dificuldade no diagnóstico da jovem foi porque ela só teria apresentado sintomas (manchas vermelhas no corpo, por exemplo) na última ida dela à unidade de saúde.

A doença é de difícil diagnóstico e com alto grau de letalidade. Porém, Miranda afirmou que, se um exame de sangue mais simples, como um hemograma, tivesse sido feito, ele poderia indicar uma infecção e levar a uma suspeita clínica mais acertada.

Nesses casos, o médico poderia usar algum tipo de antibiótico. "O diagnóstico desse tipo de doença é mais clínico. A parte laboratorial, com exame de sangue, demoraria 24 horas para ficar pronto", afirmou o secretário.

A sindicância deve ouvir a família e mais profissionais de saúde da rede municipal. Os três médicos que atenderam Gabriela foram afastados na semana passada. O Ministério Público e a Polícia Civil instauraram inquéritos para investigar o caso.


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