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Ribeirão

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Expansão urbana aumenta reclamações por barulho

Número de queixas na Prefeitura de Ribeirão subiu 150% nos últimos 5 anos

Ministério Público tem 11 inquéritos sobre o assunto; restaurantes e bares são os principais vilões nos bairros

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Há dois anos, a aposentada Marlene Gonçalves de Carvalho, 73, moradora do bairro Irajá, na zona sul de Ribeirão, não dorme mais à noite.

A servidora pública Vanessa Ferreira, 31, também do Irajá, já perdeu a conta de quantas vezes chamou a polícia para fazer reclamação.

Em ambos os casos, o problema é o mesmo: o barulho produzido por bares e restaurantes em áreas tradicionalmente residenciais.

Mas não é só. As reclamações registradas pela prefeitura também envolvem a construção de prédios, excesso de veículos e som alto.

Em cinco anos, o número de reclamações de barulho teve aumento de 150% no município, de acordo com dados da Fiscalização-Geral.

Em 2009, foram 192 casos, e, ano passado, 480. Já neste ano, o departamento recebeu 280 reclamações até a última sexta-feira (6).

O Ministério Público também acompanha o problema e atualmente há 11 inquéritos em andamento por excesso de ruído em Ribeirão.

"São casos em que a poluição sonora extrapola os limites e têm impacto não apenas nos vizinhos muito próximos", afirmou o promotor Luiz Henrique Pacagnella.

No Irajá, por exemplo, o barulho de três bares --dois deles próximos um ao outro-- é motivo de desassossego para os moradores.

Na rua Chile, a reclamação é contra o Trip Bar e Gastronomia, que conta com música ao vivo nos finais de semana e não tem cobertura para isolar o som.

Já nas ruas Salvador Cosso e Cavalheiro Torquato Rizzi, moradores reclamam do barulho do Barcelusa e do Bar do Sócio, abertos há dois e cinco meses, respectivamente.

Os responsáveis pelos estabelecimentos afirmam que fazem adaptações para diminuir o problema.

O ruído dos bares já gerou queixas em outras regiões nobres, como as avenidas Portugal e Independência.

AÇÃO NA JUSTIÇA

No Jardim Canadá, os moradores pretendem acionar judicialmente a Multiplan por causa do ruído que, segundo eles, é provocado pela última expansão do Ribeirão Shopping, da qual é proprietária.

Um estudo de engenharia sugere que o barulho aumentou de 60 para 74,9 decibéis.

De acordo com Maria Estela de Oliveira, secretária do conselho deliberativo da associação, o ruído é decorrente do impacto dos vidros e placas de concreto. "Já se foi a época em que tínhamos sossego por aqui." A Multiplan negou o problema e disse que adotou as melhorias definidas pelas autoridades.


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