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Ribeirão

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Restauração de casarão histórico demora a sair do papel em Ribeirão

Prefeitura ainda não tem plano para captar recurso e executar projeto de imóvel na Caramuru

Obra deveria ter sido entregue em agosto do ano passado, segundo a própria prefeitura; projeto é reformulado

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

Tombada como patrimônio histórico do Estado de São Paulo, a Casa Caramuru sofre com a falta de manutenção e com a ação do tempo. Enquanto o prédio perde o primor que ostentava no final do século 19, seu projeto de restauro, definido no início de 2013, não sai do papel.

Em fevereiro de 2013, a prefeita Dárcy Vera (PSD) apresentou o projeto de restauração da casa em uma solenidade no palácio Rio Branco.

Na época, a prefeitura afirmou que o projeto arquitetônico do restauro deveria ser concluído em seis meses.

Até hoje, porém, o projeto não foi concluído e o plano para captar recurso para obra também não foi iniciado.

A Secretaria da Cultura do Estado disse que o projeto aguarda aprovação do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) para ser finalizado.

A prefeitura afirmou que o orçamento para o restauro é estimado em R$ 8 milhões e o plano de captação de recurso ainda deve ser elaborado.

A ideia apresentada pela prefeitura era a de que, após restaurada, a Casa Caramuru fosse usada como um espaço público, com ambientes para exposições, biblioteca e sala de estudos.

O plano de restauro da casa teve início em agosto de 2012, quando a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, por meio do ProAC (Programa de Ação Cultural), abriu um concurso para escolher um projeto.

O edital previa R$ 310 mil ao escritório de arquitetura vencedor da proposta.

TOMBAMENTO

A casa foi tombada como patrimônio histórico de Ribeirão Preto no início da década de 1980 pelo Condephaat.

O prédio fica na avenida Caramuru e foi construído por volta de 1880. O local é conhecido também como Chácara Villalobos.

A casa é um dos poucos exemplares arquitetônicos restantes no Estado que reúne características de uma casa rural e ao mesmo tempo urbana, com os traços daquela época.

O local é considerado um exemplo da chamada "arquitetura do café".

Recentemente, a Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto realizou ações de resguardo da estrutura com uma equipe de técnicos, como a colocação de um telhado para proteger as paredes da ação da chuva.

Mesmo assim, o prédio apresenta um cenário de abandono. O piso de madeira e as paredes estão comprometidas. Há portas e janelas parcialmente destruídas.

Há, porém, pinturas murais no estilo rococó --de acordo com a resolução do tombamento --, que resistem nas paredes do imóvel.

"Há um descaso de todos os lados: Estado, município e sociedade civil. E a casa está caindo aos pedaços", disse a historiadora Lilian Rodrigues de Oliveira Rosa.

"Não sei como estas pinturas no interior ainda sobrevivem, mas são lindas e precisam ser preservadas", afirmou a historiadora.


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