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Ribeirão

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Para economizar, prefeitura deixa de lavar praça, e sujeira se acumula

Moradores e comerciantes reclamam de pombos e terra e dizem que vegetação está 'morrendo'

Administração alega que medida foi adotada para evitar desperdício após vazamentos serem identificados

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

O corte de água em praças públicas de Ribeirão Preto determinado pelo governo da prefeita Dárcy Vera (PSD) está deixando os locais sujos, com a vegetação seca e afastando frequentadores.

A medida, que foi adotada ainda no ano passado, tem como objetivo economizar e reduzir gastos mensais com o Daerp (departamento de água e esgoto).

Na quarta (18) e quinta-feira (19), a Folha percorreu dez praças, em diferentes bairros, e constatou problemas como acúmulo de fezes de pombos.

Na região central, na praça Carlos Gomes, por exemplo, a situação é crítica por causa da sujeira das aves.

Um dos principais cartões-postais do município, bancos, gramados e até os postes históricos do local estão completamente sujos.

"Eu mesmo limpo para ter onde sentar", disse o aposentado João do Vale Lima, 86, que mora em frente à praça.

A última vez em que a prefeitura limpou o local com caminhão-pipa foi para receber a Feira do Livro, em maio, segundo a secretária da Infraestrutura, Isabel de Farias.

Ela não soube informar quanto a prefeitura já economizou com a medida, que foi adotada por "necessidade" da administração.

"Com esta situação, as pessoas estão deixando de vir passear", disse Fernando Pires, 25, dono de uma banca de livros usados.

A grande sujeira causada por pombos foi encontrada também nas praças Pedro Biagi (Ipiranga), Sete de Setembro (centro) e San Leandro (Jardim Paulista).

Moradora do último bairro há 34 anos, a aposentada Lourdes Scandar Milena, 89, disse que a praça já foi ponto de encontro de famílias, principalmente aos finais de semana e feriados.

A economia de água também afeta a irrigação dos jardins, que estão "morrendo"--o que foi identificado em todas as praças visitadas.

O que era verde deu lugar à terra, aumentando a sujeira em bancos e mesas.

No Ipiranga, a dona de casa Carmem Elisa Baptista, 43, afirmou que limpa as mesas e cadeiras para que os idosos possam usá-las.

"Concordo com a economia, mas acho que deveriam fazer uma limpeza com água pelo menos uma vez por mês", afirmou Denise Moraes, 45, funcionária de uma banca na praça Coração de Maria, na Vila Tibério.

Na zona sul, frequentadores das praças José Jacques (Santa Cruz), Augusto Aparecido Mazza (Jardim Irajá) e Matheus Nader Nemer (Santa Ângela) compartilham da mesma opinião.

"Quando a praça é mantida limpa, o morador se sente responsável", disse o empresário Paulo Renato Castro, 35.


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