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Nº de passageiros no aeroporto cai em 2014
Situação do Leite Lopes vai na contramão do verificado nos maiores aeroportos administrados pelo governo de SP
Entre janeiro e maio o número de embarques e desembarques caiu 8%; em maio, a queda foi de 7%, segundo o Daesp
Na contramão do encontrado no Estado e nos principais locais administrados pelo governo paulista, o aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão, teve queda no número de embarques e desembarques de passageiros neste ano.
Enquanto os 31 aeroportos administrados pelo Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) registraram 1,096 milhão de embarques e desembarques de janeiro a maio deste ano, ante 1,095 milhão no mesmo período de 2013, Ribeirão teve queda de 8,8%.
No Leite Lopes, primeiro aeroporto em movimentação no Estado, foram registrados 407.487 embarques e desembarques de janeiro a maio de 2014. Em 2013, foram 446.819 no mesmo período.
Já no segundo aeroporto com mais passageiros, em São José do Rio Preto, o aumento de janeiro a maio foi de 4,5%: 312.654 embarques e desembarques, ante 299.072 no mesmo período de 2013.
Em Presidente Prudente, o terceiro da lista, a variação foi ainda maior, de 16%.
Segundo dados do Daesp, foram 115.032 embarques e desembarques neste ano e 99.016, no ano passado.
A situação verificada no ano também é refletida quando analisados os dados de passageiros somente do mês de maio em Ribeirão.
O Leite Lopes teve queda de 7,4%, com 92.758 passageiros neste ano e 100.213, no ano passado.
Em Rio Preto também houve redução, mas de 3,4%, enquanto Presidente Prudente registrou aumento de 4%.
Luciano Nakabashi, professor da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP, disse que a queda no movimento do aeroporto pode ser atribuída a dois principais motivos.
O primeiro deles, de acordo com o professor, é a redução na oferta de voos que ocorreu nos últimos meses.
Ele cita como exemplo a Passaredo, companhia aérea baseada em Ribeirão Preto e que passa por um processo de recuperação judicial.
"A Passaredo cortou voos por causa dos problemas financeiros. A TAM também fez algumas readequações de linhas. Essa diminuição da oferta deve ter causado essa queda no número de embarques e desembarques", afirmou o docente.
Ainda de acordo com ele, o que também pode ter afetado o desempenho da aviação na cidade é a crise que atinge o setor sucroalcooleiro, já que há muitas usinas na região de Ribeirão Preto.
"Existem muitos voos de negócios para a região que chegam no Leite Lopes. Essa dificuldade financeira que as usinas estão passando pode diminuir o movimento."
Ele disse ainda que a quantidade de embarques e desembarques deve aumentar nos próximos meses, já que a Azul Linhas Aéreas passou a oferecer no mês passado voos diretos para várias cidades do país, até então não atendidas a partir de Ribeirão Preto.
Antes, era preciso voar até o aeroporto de Viracopos, em Campinas para chegar a outros destinos.
Atualmente, há voos diretos da companhia para Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Porto Seguro (BA), Presidente Prudente, Recife e São José do Rio Preto.