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Ribeirão

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Triagem no sistema de saúde é falha, aponta Câmara em comissão

Audiência é marcada por depoimentos de familiares de jovens mortas em Ribeirão

DE RIBEIRÃO PRETO

A triagem das unidades de saúde de Ribeirão Preto é falha. A constatação foi feita por vereadores na primeira audiência da CEE (Comissão Especial de Estudos) da Saúde, nesta terça-feira (24).

Foram ouvidos os depoimentos de familiares da estudante Gabriela Zafra, 16, e de Laís Balan, 28, cujas mortes são investigadas pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) e a Polícia Civil por possível negligência.

"Pelos depoimentos, constata-se como é precária a saúde de Ribeirão Preto", afirmou o vereador Leo Oliveira (PMDB), integrante da CEE e da base governista da prefeita Dárcy Vera (PSD).

Gabriela morreu devido a uma meningococemia na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) após ter buscado cinco atendimentos em três postos de saúde.

De acordo com a mãe dela, Fabiana Zafra, a filha foi atendida na UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) do Quintino Facci, onde uma auxiliar de enfermagem avisou que seria preciso ir à UPA.

"Ela disse que a UBDS não tinha condições de fornecer diagnóstico. Lá, disseram que ela estava com torcicolo."

De acordo com Jorge Parada (PT), presidente da CEE, o fato de Ribeirão ter registrado cinco denúncias de supostas negligências médicas em 90 dias é preocupante.

Ele afirmou que, na semana que vem, deverá convidar profissionais que atenderam Gabriela e Laís para prestarem esclarecimentos.

TERCEIRIZAÇÃO

Além de apurar as mortes, a CEE também irá investigar as contratações terceirizadas da prefeitura pela Fundação Santa Lydia, que têm como objetivo a implantação da jornada de 30 horas semanais de técnicos e agentes.

Por causa da terceirização, cerca de 90 servidores da saúde foram protestar na noite desta terça na Câmara.

Isso porque o governo determinou o remanejamento de todos os servidores que terão nova carga horária.

"Isso é uma injustiça. Conhecemos pacientes pelos nomes. É essa a humanização que a prefeitura prega?", questionou a servidora Cinthia Pereza de Andrada, que acompanhou a sessão.


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