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Ribeirão

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Seca é a maior desde 2003 em Ribeirão

Cidade registrou apenas 14 dias de chuva desde janeiro, com 90,2 mm; profundidade do rio Pardo é de só 55,9 cm

Bebedouro e Santa Rita do Passa Quatro podem racionar água a partir de segunda-feira caso não chova até a data

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Com um período de estiagem inesperado em janeiro e fevereiro, Ribeirão Preto acumula no primeiro semestre de 2014 o pior índice de chuvas desde 2003.

De janeiro até esta quarta-feira (25), Ribeirão Preto teve apenas 14 dias com chuvas e um acumulado de 90,2 milímetros no período.

O índice é o mais baixo --tanto em dias quanto em volume-- desde quando foi iniciado o levantamento do Ciiagro (Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento.

Até este ano, o pior índice havia sido registrado em 2011, com 18 dias de chuvas e acumulado de 115,9 milímetros.

Com o pequeno volume de chuvas, os rios da região estão com níveis baixos e preocupam as cidades que os utilizam para o abastecimento.

O rio Pardo --um dos principais da região--, na tarde desta quarta estava com 55,9 centímetros de profundidade, segundo dados da estação de medição da ANA (Agência Nacional de Águas) instalada no Clube de Regatas de Ribeirão Preto.

O índice é 27% menor do que a média mínima histórica para o mês de junho. O nível do rio é acompanhado desde 1941.

No ano passado, o nível mais baixo registrado foi de 100 centímetros.

Para evitar o desabastecimento, uma vez que os próximos meses são historicamente de estiagem, algumas cidades adotaram o racionamento e buscaram alternativas para a captação de água.

Em Altinópolis, a administração municipal instalou dois poços para a captação de água do aquífero Guarani para não depender do volume do rio Pardo, que sempre abasteceu o município.

"Desde abril não captamos mais água no rio Pardo, era estressante depender dele para o abastecimento. E, se não tivéssemos feito os poços, com certeza teríamos que racionar água", disse Arão Peruzzi, engenheiro ambiental da Prefeitura de Altinópolis.

AGRAVAMENTO

Há dois meses os moradores de Tambaú convivem com o racionamento de água. O abastecimento é interrompido das 5h às 14h e, depois, liberado para metade dos bairros até as 20h. Assim, em dias alternados, metade da cidade fica 16 horas sem água.

A prefeitura diz que a situação é grave e, como não há previsão de chuva, estuda novas medidas para evitar o desabastecimento.

Em Bebedouro e Santa Rita do Passa Quatro, as prefeituras afirmaram que podem entrar em racionamento até a próxima segunda (30), caso não chova até lá.

Em Bebedouro, que tem 70% de sua captação de água de rios, o reservatório está com nível de 0,6 m. O normal no período é de 1,7 m. Em Santa Rita, que só capta água em rios, o reservatório está com 40% do nível médio para o período, de três metros.


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