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Grupo pede reforma agrária de área de fazenda em Barretos

Ao menos 600 famílias estão acampadas há três meses às margens de rodovia no local

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

Mais de 600 famílias estão há cerca de três meses acampadas às margens da vicinal Luiz Donato, em Barretos, para reivindicar agilidade no processo de reforma agrária da Fazenda Santa Avóia 2.

O espaço de 1.200 hectares fica ao lado do local que está sendo ocupado pelo grupo.

Em 1999, a área foi considerada de interesse social, para fins de reforma agrária, por um decreto presidencial.

Houve recurso e em dezembro de 2013, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região julgou o recurso improcedente. Desde então, o processo está parado, à espera de decisão.

O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) afirmou que está realizando os trâmites administrativos para dar continuidade ao processo da reforma.

A Prefeitura de Barretos, que administra a estrada onde as famílias estão, pediu a reintegração de posse da área e disse que pode realizar ação de despejo em, no máximo, duas semanas. O município descarta acionar a polícia.

A prefeitura disse que o prazo dado para a desocupação pacífica já expirou.

"A administração torce e pede para que não ocorra, ou seja, que a desocupação da área seja pacífica", afirmou, em nota, o procurador jurídico da Prefeitura de Barretos, Rodrigo Franco Malaman.

Atualmente as famílias não estão cultivando no local.

"É beira de estrada, é só terra, estamos aqui como uma forma de resistência para que a fazenda seja entregue", afirmou Celso da Silva, um dos coordenadores do grupo que ocupa a área.

Segundo os coordenadores do acampamento, intitulado Dona Zulmira Gonçalves, o grupo foi notificado da ordem de despejo por um oficial de Justiça a cerca de um mês. Mesmo com a ordem, as famílias permanecem no local.

O grupo faz parte do MLIB (Movimento Liberdade Independente de Barretos).

Segundo Silva, há no lugar agricultores de Barretos, Descalvado, Matão, Bebedouro, São Carlos e Bauru, que chegaram ao local no dia 18 de abril com o objetivo de pedir a reforma agrária.


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