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Francal é a aposta de calçadistas do país para 'salvar' ano do setor

Copa e baixo crescimento da economia influenciaram resultados ruins do primeiro semestre

Valor das exportações caiu 2,5% nos seis primeiros meses; número de empregos também sofreu redução

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Após um semestre fraco por causa do baixo crescimento econômico e da Copa do Mundo, a indústria calçadista vê na 46ª Francal (Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios) a chance para "salvar" o ano.

A feira será realizada entre terça (15) e sexta-feira (18) no Anhembi, em São Paulo.

"Com a Francal, a expectativa é que o mercado retome a normalidade e recupere os péssimos resultados do primeiro semestre", disse o presidente da Abicalçados (associação das indústrias de calçados), Heitor Klein.

Ele disse que o consumo do país foi inibido pela alta da inflação, taxas de juros elevadas, Carnaval tardio, menos dias de comércio aberto por causa dos jogos da seleção brasileira e feriados.

Dados da associação apontam que o valor das exportações brasileiras no primeiro semestre deste ano caiu 2,5% em relação ao mesmo período de 2013: de US$ 536 milhões para US$ 522 milhões.

O número de empregos diminuiu 1,9%. Nos cinco primeiros meses de 2013 estavam empregadas 352 mil pessoas na indústria. Em 2014, o número caiu para 345 mil.

Antoniel Marrachine Lordelo, presidente da Ablac (associação de lojistas), disse que a indústria calçadista vive um "momento difícil".

Ele afirmou que a Copa atrapalhou as vendas no Brasil inteiro. "Tivemos três jogos da seleção durante a semana. Isso é ruim. E o evento também fez com que as famílias gastassem com outras coisas", disse.

MENOS EMPRESAS

José Carlos Brigagão do Couto, presidente do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), um dos principais polos produtores do país, disse que por causa da crise haverá menos empresas da cidade participando da feira deste ano.

A organização confirma: em 2012, Franca contou com a participação de 64 empresas. No ano passado esse número caiu para 58 e neste ano, 42. Mas para quem vai, de acordo com ele, é uma "oportunidade para recuperar as perdas do semestre".

Serão lançadas na feira as novas coleções para a temporada primavera 2014/15.

É nessa época que se vende mais, já que os pares têm preços menores na comparação com o outono/inverno.

Rodrigo Carrera, gerente de marketing da Pipper Calçados, de Franca, que irá ao evento, disse que a empresa esperava crescimento de 20% nas vendas do primeiro semestre. Houve, entretanto, redução de 5%.

"Tivemos menos dias úteis por causa da Copa do Mundo. A economia cresceu pouco", afirmou Carrera. "Dispensamos alguns funcionários, mas esperamos recuperar as perdas com a feira."


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