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Daesp faz acordo com Cetesb para obras em aeroporto
Termo de Ajustamento de Conduta prevê cumprimento de ações para a ampliação do Leite Lopes, em Ribeirão
O Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) fez um acordo com a Cetesb (Companhia Ambiental de São Paulo) para conseguir a liberação da licença ambiental para as obras de ampliação do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto.
Mesmo com a licença, o departamento ainda não tem previsão para iniciar as obras, nem ao menos da contratação das empresas responsáveis, segundo afirmou à Folha o superintendente do Daesp, Ricardo Volpi, no começo deste mês.
Uma previsão anterior, feita pelo governo do Estado, afirmava que as obras ficariam prontas em abril de 2015.
As obras serão feitas pelo governo federal, através do Programa de Incentivo aos Aeroportos Regionais, lançado em dezembro de 2012.
Em abril, a SAC (Secretaria de Aviação Civil) havia dito que o aeroporto de Ribeirão era prioritário no programa e que deveria ser um dos primeiros do Estado --que tem mais dez aeroportos incluídos no programa federal-- a receber obras no total de R$ 360 milhões.
De acordo com o Daesp, o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado prevê que sejam adotadas medidas mitigatórias e compensatórias dos impactos ambientais decorrentes da implantação e operação do aeroporto.
Entre as medidas estão o gerenciamento de resíduos sólidos, planos de tráfego viário, projetos de obras urbanísticas e elaboração periódica de relatórios sobre as ações adotadas. Todas as ações devem ser cumpridas durante a realização das obras.
INTERNACIONALIZAÇÃO
As obras incluem o deslocamento longitudinal da pista para a internacionalização do aeroporto, novo pátio de aeronaves, um túnel na avenida Thomaz Alberto Whately e um novo terminal de passageiros de 20 mil m². O atual tem 3.600 m².
As obras, de acordo com o superintendente do Daesp, estão orçadas em R$ 348 milhões, incluindo o terminal.
A demora para o início das obras, condição para a internacionalização e transporte de cargas, preocupa empresários de Ribeirão Preto.
De acordo com o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado) de Ribeirão, empresas de equipamentos médico-hospitalares, calçados, eletrônicos e frutas têm interesse em se instalar no entorno do aeroporto, mas temem realizar o investimento sem a definição do início das obras.
O Ministério Público apura a ampliação do aeroporto.
