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Estoque de suco de laranja para exportação cai 30% em um ano
Queda pode refletir em vendas maiores de citricultores para 2015
O estoque de suco de laranja exportado pelo Brasil caiu 30% em junho de 2014, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento da CitrusBr --instituição que reúne as empresas Cutrale, Citrosuco e Louis Dreyfus.
A queda deve aumentar a compra da fruta produzida por pequenos e médios produtores, segundo a CitrusBr.
Atualmente, há 534 mil toneladas de suco. No ano passado, os estoques somavam 766 mil toneladas. A previsão para junho de 2015 é de redução para 364 mil toneladas, segundo a instituição.
O dado, de acordo com a instituição, confirma a tendência de queda nos estoques, que nos últimos anos se acumularam em função de dois períodos de superoferta nas safras 2011/12 e 2012/13.
No primeiro período, foram 428 milhões de caixas, enquanto que, no segundo, foram comercializadas 385 milhões de caixas de laranja.
A queda já era prevista, segundo Ibiapaba Netto, diretor executivo da CitrusBr.
Ele afirmou que o processamento calculado foi de apenas 851 mil toneladas na safra passada, com vendas na ordem de 1,135 milhão de toneladas, considerando mercado interno e externo.
A CitrusBr calcula que a safra 2014/15 será de 308,8 milhões de caixas de 40,8 quilos para o Estado de São Paulo e o sul de Minas Gerais.
Desse total, 50 milhões de caixas devem ser destinadas ao mercado interno e 259 milhões de caixas poderão ser processadas por empresas associadas e não associadas à CitrusBr.
"Nos últimos meses, temos observado períodos longos de estiagem, que podem afetar a produção de fruta. Mas, por outro lado, a safra ainda está no começo e muita coisa pode mudar nas questões climáticas", afirmou Netto.
LUCRO
Flávio de Carvalho Pinto Viegas, presidente da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores), afirmou que, com o resultado das vendas ao exterior, espera maior valorização das indústrias junto ao pequeno e médio produtor de laranja.
Atualmente, segundo ele, a caixa de laranja é comprada por R$ 8, em média. A produção custa R$ 18, o que deixa o produtor no prejuízo.
"Precisam assegurar um lucro ao produtor. Na Flórida, nos EUA, o produtor conseguiu 18 dólares com as vendas", disse Viegas.
