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Ribeirão

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Novos personagens infantis substituem clássicos teatrais

Teatros da região sediaram ao menos 22 espetáculos 'cabeções' neste ano

Peças trazem sucessos atuais da TV, fantasias, dublagem, muita dança e música; Biblioteca Nacional registra alta

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

Personagens que são sucesso entre as crianças na TV e no cinema, fantasias de bonecos com grandes cabeças, falas dubladas e música. Esses são os ingredientes que compõem um estilo de teatro infantil que cresce na região de Ribeirão Preto.

As peças são adaptações de desenhos e filmes que são sucessos da atualidade, como "Peppa Pig", "Dora, a Aventureira" e "Frozen".

Desde o início de 2014, quando o estilo estreou na região, os teatros de Ribeirão, São Carlos, Barretos e Jaboticabal sediaram ao menos 22 "espetáculos cabeções" --como são chamadas as peças.

A porquinha Peppa é a que mais apareceu nas programações teatrais das cidades. Levou um público aproximado de 5.900 pessoas ao teatro em 11 apresentações.

De acordo com os registros da Biblioteca Nacional, o número de peças baseadas na "Monster High", uma nova febre infantil, dobrou em 2014, em relação a 2013 (3). Há quatro registros relacionados com "Peppa" em 2014.

A gestora do teatro de Barretos, Mônica Bandeira, disse que além da apresentação que foi realizada este ano, ela foi procurada por três produtoras diferentes, todas interessadas em apresentar espetáculos inspirados na "porquinha da moda".

"Trazer essas peças é como trazer o ator global para o adulto ou um apresentador do CQC' [programa da Band] para quem gosta de stand-up", disse o produtor de teatro Jader Desinde, 54.

"As personagens são um apelo para as crianças", disse Marcelo Marinho, diretor da Toon Kids, produtora paulistana que trouxe a Ribeirão algumas dessas peças.

"A tecnologia ajudou muito na montagem desses espetáculos", disse. "No entanto, a atuação perde um pouco."

Marinho faz referência ao formato que é, na maioria das vezes, adotado nas peças.

A fantasia dos atores tem uma cabeça que cobre completamente a fisionomia deles. As falas são dubladas e há sempre números de dança durante as apresentações.

"As crianças torcem para a Peppa da mesma forma que torcem para a Emília", disse o diretor do Teatro Municipal de Ribeirão, Pedro Leão.

Para Leão, a reação do público é a mesma com esses novos formatos e os mais tradicionais, como os clássicos "Os Três Porquinhos" e "Chapeuzinho Vermelho".

Já para a coordenadora de artes cênicas do teatro de São Carlos, Maria Alice de Oliveira Rizzo, é diferente. "Hoje é uma era tecnológica, computadorizada. Eles gostam disso", afirmou. "A criançada fica maluca, tem filas e filas."


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