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Ribeirão

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Prefeito terá que repintar prédio 'vermelho'

Mituo Takahashi, de Barrinha, pintou praças, bancos, escolas, postes e a prefeitura na cor do seu partido, o PT

Ministério Público investigou o caso e firmou um TAC; custo sairá do bolso do chefe do Executivo local

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

O prefeito de Barrinha, Mituo Takahashi (PT), terá que repintar os prédios públicos da cidade, que desde o início da sua gestão, em 2009, foram pintados de vermelho, a cor do seu partido.

A providência que deverá ser adotada pelo petista integra um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o Ministério Público, que investigou o caso.

Em janeiro, reportagem publicada pela Folha mostrou que Takahashi pintou, literalmente, a cidade de vermelho. Foram praças, canteiros, bancos, parques, guias e sarjetas, postes e diversos prédios públicos. A cor também está presente dentro das escolas municipais.

Em dezembro, a Prefeitura de Barrinha comprou 3.000 cadeiras e carteiras para substituir as antigas.

Todas as cadeiras são vermelhas e as mesas têm detalhes na mesma cor. O prefeito determinou a pintura até de um monumento, que fica na praça da Bíblia. No local, há realização de cultos.

O município reafirmou nesta quinta-feira (7) que a tinta usada estava disponível no almoxarifado e que não houve gasto público. Informou ainda que a cor não faz nenhuma alusão ao PT.

Em fevereiro, o Ministério Público passou a investigar o caso, que culminou na assinatura do TAC no mês de junho, segundo o promotor Fernando Antonio Abujamra.

"O prefeito se comprometeu a pintar aqueles [prédios] pintados de vermelho em cores neutras", disse, por e-mail, à Folha.

Ele afirmou ainda que todo o valor será bancado pelo próprio prefeito, sem custo para os cofres públicos.

Nem a Promotoria nem a prefeitura informaram quantos prédios serão repintados, mas o município já adiantou que pelo menos dois passarão pela alteração: a prefeitura e o almoxarifado.

SEMELHANÇA

Em 2012, o TJ (Tribunal de Justiça) condenou o ex-ministro Antonio Palocci Filho a devolver aos cofres de Ribeirão Preto valores gastos com propaganda quando era prefeito da cidade, em 2001.

Para o TJ, houve propaganda ilegal no uso do símbolo "P/R", em que a primeira letra, estilizada e vermelha ""cor do seu partido, o PT"" foi considerada "tendenciosa".


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