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Prefeitura de Ribeirão corta 300 terceirizados
Contratos são com a empresa Atmosphera e objetivo é enxugar gastos com pessoal
Trezentos funcionários terceirizados da Prefeitura de Ribeirão Preto não tiveram seus contratos renovados pela empresa Atmosphera, contratada por meio da Coderp (Companhia de Desenvolvimento Econômico) para prestar serviços gerais no município.
O motivo foi a crise financeira que atinge os cofres da prefeitura. Com a medida, o governo da prefeita Dárcy Vera (PSD) espera enxugar gastos da administração.
Os funcionários prestavam serviços administrativos e muitos deles ocupam cargos de chefia em diferentes departamentos, segundo fontes do governo.
Entre as pastas afetadas estão a Educação e a Administração. Havia também cuidadores de animais que atuavam no Bosque Zoológico.
Os cortes dos terceirizados pela Atmosphera deverão acontecer até o final deste ano: outros dois contratos, que vencem em dezembro, não serão renovados.
As informações foram confirmadas por cinco funcionários que ocupam cargos de chefia na administração, sob condição de anonimato.
Ainda de acordo com as fontes, os funcionários da Atmosphera receberam os salários atrasados este mês.
Na prefeitura, o assunto é mantido sob sigilo. À Folha, o Executivo confirmou a medida e informou que não há possibilidade de renovação dos contratos.
Questionada sobre onde estes funcionários atuam e se haverá remanejamento nos serviços ou reorganização interna, a prefeitura não respondeu. Em nota, limitou-se a informar que a gestão dos funcionários é de responsabilidade da Atmosphera.
Para o cientista político e professor da Universidade de Uberaba (MG) René Bernardes de Souza Júnior, a prefeitura tem obrigação de informar porque as terceirizações usaram dinheiro público.
