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Ribeirão

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Promotoria 'libera' Dárcy Vera para decidir aumento da tarifa do ônibus

Decisão ocorre após o consórcio Pró-Urbano acusar a prefeita de Ribeirão de 'manipular' caso

Prefeitura de Ribeirão informou que vai aguardar a análise da Promotoria antes de decidir sobre o reajuste

THOMAZ FERNANDES DE RIBEIRÃO PRETO

A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), foi notificada pelo Ministério Público a "exercer sua função" após o consórcio Pró-Urbano acusá-la de usar recomendação da Promotoria para não reajustar a tarifa do ônibus.

O promotor Carlos Cezar Barbosa enviou um ofício à prefeita na semana passada "liberando-a" para decidir, sozinha, sobre o aumento da tarifa, depois de receber uma petição do consórcio que cuida do transporte em Ribeirão.

O Pró-Urbano já afirmou que o aumento na tarifa deve ser entre R$ 3,10 e R$ 3,20. Atualmente, o preço está congelado em R$ 2,80. Em junho do ano passado, 25 mil pessoas foram às ruas em Ribeirão para barrar nova alta.

Em pontos de ônibus na cidade, já foi espalhado um cartaz com os seguintes dizeres: "Se a passagem aumentar, Ribeirão Preto vai parar". O temor na prefeitura é de que um novo reajuste atinja politicamente a prefeita.

O reajuste deveria ter sido concedido no mês passado. De acordo com o ofício assinado pelo promotor, a prefeita foi acusada pelo consórcio de usar sua recomendação para "se omitir" na discussão de reajuste das tarifas.

O promotor alertou Dárcy Vera de que a recomendação não tem força de "decisão judicial" e que não a impede de exercer "atos típicos" do cargo" de prefeita. Barbosa ressaltou que pode acionar a prefeitura caso haja problemas na decisão.

INQUÉRITO

O processo de reajuste é acompanhado pela Promotoria por meio de inquérito. Na notificação enviada à prefeita, Barbosa diz que ainda não concluiu a apuração porque alguns documentos pedidos não foram enviados.

Segundo a Folha apurou junto a pessoas ligadas ao Ministério Público, o promotor ainda não recebeu a planilha de receitas com a publicidade em coberturas de pontos de ônibus. Os documentos foram solicitados à prefeitura, ao Pró-Urbano e à Mídia Pull, empresa contratada para elaborar as propagandas.

A publicidade também é investigada pela promotoria criminal, que apura suspeitas de desvio de dinheiro e contratação indevida.

Do material que é analisado no inquérito, a Promotoria estuda uma avaliação econômico-financeira do contrato da prefeitura com o Pró-Urbano. O documento indica o índice de reajuste da tarifa.

Barbosa afirmou por meio de assessores que só deve se pronunciar nesta sexta (22).


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