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Ribeirão

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Nº de multas por queima da palha da cana cresce 169%

Cetesb afirma que um terço das multas pela queimada irregular em todo do Estado são da região de Ribeirão

DE RIBEIRÃO PRETO

Agravante da qualidade do ar no período de seca, a queima irregular da palha da cana na região de Ribeirão rendeu um aumento de 169% no número de multas em comparação com ano passado.

Segundo a Cetesb (companhia ambiental de São Paulo), de janeiro a 31 de julho foram 35 multas, num valor total de R$ 4,4 milhões.

No mesmo período de 2013, foram aplicadas 13 multas.

"Um terço de todas as penalidades aplicadas em todo o Estado estão na nossa região", disse Marco Artuzo, gerente regional da Cetesb.

As advertências também aumentaram neste mesmo período: passaram de nove para 14 casos --alta de 55%.

Em toda a safra passada, foram aplicadas apenas duas multas na região, segundo informou a Cetesb.

A maior parte das multas é referente ao descumprimento de resolução da Secretaria do Meio Ambiente, que proíbe queimadas nas lavouras entre 6h e 20h, até novembro.

A resolução também prevê que, quando a umidade relativa do ar for inferior a 20%, a queima está suspensa em qualquer período do dia.

Segundo Artuzo, as penalidades foram aplicadas a usinas e produtores locais.

"A estiagem prolongada e o ritmo da safra, mais intenso, acarretou nestas queimadas irregulares", disse.

Em decorrência da fiscalização feita pela Cetesb, Artuzo afirmou que a situação tende a melhorar até novembro.

Além dos danos ambientais, a queimada irregular da palha da cana-de-açúcar afeta a saúde da população.

Paulo Finotti, vice-presidente do CBH-Pardo (Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo), disse que a fuligem tem substâncias cancerígenas que, a longo prazo, podem causar reações adversas.

"Crianças e idosos são mais suscetíveis a doenças respiratórias", afirmou.

Segundo ele, a situação da região está crítica, e os donos das propriedades rurais deveriam criar mecanismos para fiscalizar as lavouras e impedir incêndios criminosos.

Em Ribeirão, a prefeitura sancionou uma lei que proíbe queimadas da palha de cana no mês passado. Nenhuma multa foi aplicada.

Produtores rurais receberão comunicados, segundo a prefeitura. As multas variam entre R$ 63 mil e R$ 650,8 mil.


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