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Menina de nove anos é atração na prova de três tambores

DOS ENVIADOS ESPECIAIS A BARRETOS

Ela só tem nove anos de idade, mas a vida já é de gente grande. Competidora na modalidade três tambores, Tarcila Ferguson de Oliveira, de Rio Verde (GO), é um dos destaques da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, que começou na quinta-feira (21).

Considerada uma das revelações da competição, a menina divide as atenções com as rivais mais velhas. Ela está entre as 20 melhores do campeonato da ANTT (Associação Nacional de Três Tambores), que teve etapas em rodeios em diversos Estados e cuja final ocorre em Barretos.

A menina precoce diz já saber o que quer fazer quando crescer, além de competir e disputar campeonatos fora do país: cursar medicina veterinária ou agronomia.

"Quero que o mundo me conheça pelos três tambores", afirmou a menina, que não larga seu amuleto, um boné da Minnie que ganhou do irmão, Oliver, 11.

Tarcila é a competidora mais nova a disputar a modalidade na categoria adulto, segundo a ANTT. Começou a montar aos quatro anos e diz que consegue conciliar os estudos com as viagens.

"Trago minhas tarefas e faço aqui", disse, apontando para o trailer, que funciona como a extensão de sua casa.

A "moradia ambulante" é dividida com a mãe, Renata Ferguson, 44, e às vezes com o pai, Cledison Mendes, 48, e o irmão.

Apesar da idade, a amazona mirim diz já ter conquistado 81 troféus e é patrocinada por duas empresas.

De acordo com Mendes, a filha recebe apoio também da Prefeitura de Rio Verde.

Ele, que é agricultor e pecuarista, afirmou ainda que, até agora, já deve ter investido aproximadamente R$ 450 mil no hobby da filha --incluindo custos com carro, trailer, treinador e cavalos.

Tarcila tem dois animais, que consomem cerca de R$ 1.000 por mês.

Mendes afirmou que já foi criticado por permitir que a filha montasse desde criança, mas ele disse não se preocupar porque o convívio com cavalos vem desde cedo.

O investimento pode dar retorno no futuro: "Ela está criando um nome, tem uma marca, patrocinadores. Futuramente vamos vender os filhos dos cavalos usados por ela e comercializar. Mas não penso nisso como um retorno. Invisto porque é a paixão dela", disse Mendes.

Já a mãe conta que a filha não tem vantagem para competir porque pesa menos --o que poderia resultar em mais velocidade no percurso, em que a dupla, animal e amazona, tem de percorrer uma área triangular delimitada por três tambores no menor tempo.

Como tem só 33 quilos, é obrigada a montar numa manta com chumbo, que pesa 33 quilos. Se após a prova a amazona e o equipamento pesarem menos de 65 kg, ela estará desclassificada.


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