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Vacinação contra a raiva em SP fica para novembro

Ministério da Saúde diz que Estado não é prioritário e que não há prejuízo

Para responsável pelo programa de controle da raiva, circulação de animais no país gera risco de transmissão

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

A vacinação antirrábica será feita em São Paulo só no mês de novembro, o que gera no governo estadual temor de que haja registro de novos casos da doença.

Normalmente iniciada em agosto, a campanha de vacinação imunizou 4,5 milhões de gatos e cães em São Paulo no ano passado.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a preocupação é que a imunização seja concluída até dezembro, mês em que terminou a campanha em 2013. A recomendação é que as doses sejam reforçadas a cada ano.

Desde 2012 São Paulo não registra casos da doença em animais. De acordo com o Ministério da Saúde, o Estado não é prioritário e, por isso, não há prejuízo com a vacinação em novembro.

As doses foram enviadas para as campanhas em 12 Estados, das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, considerados prioritários pelo governo federal. Três cidades do Paraná, com fronteira com o Paraguai, também já receberam as doses.

A raiva é uma doença viral, que pode ser transmitida entre os animais por meio da mordida, inclusive podendo contaminar o homem. Quando infectados, a taxa de letalidade em humanos é próxima a 100%.

O veterinário Paulo Antonio Fadil, responsável pelo programa estadual de Controle da Raiva, disse que, apesar de o Estado não ter registrado casos, a transmissão preocupa devido à circulação de animais no país.

"Hoje, todo mundo viaja com o seu cão ou gato. Como você controla qual animal entrou no Estado e está sem vacina? Por mais que a doença esteja controlada, ela pode ser transmitida", disse Fadil.

Veterinário e dono de uma clínica particular em Ribeirão Preto, Paulo Tofano Neto, aplica cerca de 200 vacinas por mês --a R$ 30 cada.

Nos meses de campanha contra a raiva, a demanda sobe cerca de 50%. "A procura ainda não cresceu. Acho que as pessoas não se tocaram que a vacina está atrasada. Normalmente vêm quando o governo inicia a campanha."

Em nota, o Ministério da Saúde nega que haja atraso na campanha em São Paulo e disse que a entrega das vacinas em novembro se deve a uma readequação do cronograma. No entanto não informou qual foi a necessidade de alterar o cronograma.

A Secretaria de Estado da Saúde informou que iniciou em dezembro de 2013 o planejamento para a campanha da vacinação antirrábica, que tradicionalmente tem as doses distribuídas em julho.

Segundo o ministério, caso prefiram. os Estados não prioritários podem fazer as campanhas ao longo do ano, por conta própria.


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