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Economia em baixa faz loja de preço único se espalhar

Crescimento do setor é sinal de queda no poder aquisitivo, diz especialista

Em dois anos, ao menos dez lojas que vendem roupas a preços entre R$ 10 e R$ 15 surgiram em Ribeirão Preto

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

Com o ritmo fraco do consumo e a desaceleração da economia, as lojas de preço único, atraentes para quem quer gastar pouco, se espalharam por Ribeirão Preto.

Nos últimos dois anos, ao menos dez lojas desse padrão foram inauguradas no município --a mais recente delas, há quatro semanas.

Lojas do mesmo tipo foram instaladas em cidades da região, como Franca, São Carlos e Serrana. Elas vendem roupas, bolsas e acessórios a preços que variam de R$ 10 a R$ 15 de uma para outra.

O aumento dessas lojas é sinal de que houve uma queda significativa do poder aquisitivo, segundo Edgard Monforte Merlo, docente da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP. "Nesse cenário, o preço atrativo é o chamariz."

Aberta em junho de 2012, a Toka Confecções, no centro, começou com preço único de R$ 10. Hoje já tem mais uma unidade, na avenida da Saudade, e há três meses aumentou o preço para R$ 12.

Segundo a gerente da loja, Sara Patrícia Grigoletto, em média 30 clientes fazem compra por dia no local e levam duas peças por vez.

"Compro nessas lojas desde que elas começaram a aparecer", disse a assistente social Michelly Dias, 28. "Se pesquisar, é possível encontrar coisas boas, principalmente roupas de ginástica."

Também no centro, a Alice Modas foi inaugurada há três semanas com o preço fixo de R$ 15, com itens de vestuário para adultos e crianças.

"Dá para economizar bastante e isso tem atraído muita gente", disse o funcionário Damião Cardoso Santos, 26.

Para Maria José Borges, supervisora de uma rede com quatro lojas em Ribeirão, o setor é disputado. "É um bom negócio, embora agora a concorrência esteja muito acirrada", disse.

A rede Preço Único surgiu no ano passado com uma loja na região central. As outras três estão no bairro Ipiranga, em Ribeirão, em Franca e em São José do Rio Preto.

Para o economista da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), Fred Guimarães, a atual economia de salários baixos é estimulante para o segmento.

"As pessoas buscam mais pelo preço do que pela qualidade. Fazer uma compra de R$ 10 é muito mais simples e cabe no bolso."

Segundo Maurício Morgado, professor no curso de administração da FGV (Fundação Getúlio Vargas), as atuais lojas de preço único são uma atualização das lojas de R$ 1,99, que surgiram na década de 1990 no país. "Para o consumidor, é algo atrativo, divertido de se fazer compra."


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