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Sem segurança, museu de arte fica com portão trancado
CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETOPara visitar as exposições do Marp (Museu de Artes de Ribeirão Preto) é preciso apertar o interfone do local e aguardar que um dos monitores apareça para destrancar o portão de entrada.
O local, que abriga exposições itinerantes e acervo permanente, está sem guardas ou câmeras de segurança há pelo menos oito anos.
Essa situação passa longe do ideal de funcionamento de um museu que é referência no interior do Estado.
Com o desfalque, a direção do museu mantém o portão trancado para garantir a segurança e o visitante é acompanhado por uma monitora.
Segundo a assessoria do Marp, não há apoio da GCM (Guarda Civil Municipal) e a direção optou por colocar um porteiro eletrônico e manter o portão trancado.
"Não é a situação ideal. Mas temos pleiteado seguranças para a prefeitura todos os anos", disse o diretor do Marp, Nilton Campos.
Para Percival Tirapeli, docente de história da arte brasileira na Unesp (Universidade Estadual Paulista), um museu precisa de seguranças e não é função de monitores exercerem a tarefa.
"A prefeitura poderia cuidar um pouco mais deste museu, que é uma referência."
A administração municipal confirmou, por meio de sua assessoria, que o museu está sem vigias desde antes do início do primeiro governo da prefeita Dárcy Vera (PSD).
Em nota, a prefeitura informou que a escala da GCM ocorre por ordem de prioridade e que em alguns locais o patrulhamento é feito diariamente por motos e carros.
O Marp apresenta até o dia 21 obras de artistas selecionados para o 39º Sarp (Salão de Artes de Ribeirão Preto).
Em seu acervo permanente, tem também obras do artista italiano Pedro Manuel-Gismondi (1925-1999).
Em julho deste ano, os museus do Café e Histórico de Ribeirão Preto receberam a instalação de 12 câmeras de segurança para vigilância.
A instalação foi feita oito meses depois do furto de uma bengala centenária no Museu do Café, que não foi recuperada.