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Monitora de creche se entrega à Polícia Civil
Mulher estava foragida há seis dias, após ser filmada agredindo crianças em sala
A monitora escolar Gislene Gomes, 46, filmada agredindo crianças de até dois anos numa creche pública de Porto Ferreira, foi presa nesta quarta-feira (10).
A mulher, considerada foragida pela Justiça havia seis dias, se apresentou à Polícia Civil acompanhada de seu advogado, Jorge Nery.
No último dia 4, a Justiça decretou a prisão temporária dela, por 30 dias, mas os policiais não a encontraram.
De acordo com o delegado Miguel Capobianco, Gislene aparentava estar abalada.
"[A monitora] disse que não aguentava mais se esconder de casa em casa", afirmou o delegado.
A monitora não foi ouvida formalmente. Ela fez exame de corpo de delito no pronto-socorro Central e depois, foi apresentada à Justiça.
De lá, foi encaminhada para a cadeia pública de Ribeirão Bonito.
Capobianco deverá ouvir o primeiro depoimento de Gislene em cerca de 15 dias.
"Até lá, quero ouvir possíveis novas vítimas, além da diretora e a supervisora da escola", disse.
A Folha ligou para o advogado da mulher, mas após a identificação da reportagem, a chamada caiu. Outras ligações foram feitas, mas não foram atendidas.
A mulher pode responder por maus-tratos, com pena de até um ano de prisão, e tortura --até oito anos.
A monitora responde por processo administrativo na prefeitura, que exonerou a diretora e a supervisora da creche, por suposta omissão.
Segundo denúncia de funcionárias, ambas já haviam sido alertadas das agressões e nada fizeram.
A filmagem das agressões foram feitas por uma microcâmera instalada na mochila de uma aluna, de um ano e sete meses, após a mãe dela, Jucelaine Rodrigues, 33, desconfiar da mudança de comportamento da menina.