Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Sem água, comércios interditam banheiros e usam descartáveis
DE RIBEIRÃO PRETOBanheiros de bares e restaurantes em Tambaú e em Casa Branca estão interditados há cerca de quatro meses por causa do racionamento de água imposto pela seca.
Já nas casas, banho é de canequinha e armazenar e reutilizar água é a prioridade.
Na sorveteria de Sandra Marli Momesso, que fica no centro de Tambaú, além de fechar o banheiro, ela também aumentou o preço de alguns produtos em 20%.
"Os gastos subiram mais de 30%, além de eu ter de comprar água, tudo na cidade também subiu", disse.
Na Casa das Massas, o restaurante, além de fechar o banheiro, também passou a usar louça descartável por causa do desabastecimento.
Em Casa Branca, a situação é a mesma. No restaurante Casa de Minas, os clientes não podem usar o banheiro e são aconselhados a lavar as mãos rapidamente.
Já dentro das casas, há moradores em Tambaú que afirmam terem ficado há pelo menos dez dias sem água.
Moradora do bairro Sá Leme, a auxiliar de enfermagem Adelânia Maria Raimundo Theodoro, 42, é uma delas.
Ela gastou R$ 500 na compra de bomba, reservatório e contêiner de água.
"Banho é só de canequinha aqui. E a gente reutiliza o que dá", afirmou Adelânia.
Também em Tambaú, a balconista Luana Cristina da Silva, 20, já chegou a gastar R$ 25 em um galão de água para tomar um único banho.
O racionamento nas cidades foi adotado depois que os mananciais que as abastecem chegaram a níveis críticos com a falta de chuvas.
Em Tambaú, durante o mês de agosto, o corte durava dois dias. Este período foi reduzido no dia 8 para um dia, quando a prefeitura e a Defesa Civil do Estado passaram a transportar água para a represa que abastece a cidade.
A prefeitura de ambas as cidades fornece caminhões-pipas para os moradores para amenizar a falta d'água. A situação, porém, só será resolvida com chuvas intensas.