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Ribeirão

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Terra seca

Sem oferta de água subterrânea e com baixa vazão de rios, Tambaú, Casa Branca e Santa Rita do Passa Quatro sofrem com a falta de chuvas

DE RIBEIRÃO PRETO

Sem oferta de água subterrânea, os municípios de Tambaú, Casa Branca e Santa Rita do Passa Quatro sofrem historicamente com crises de desabastecimento.

Atualmente, é nesta área, na região de Ribeirão Preto, onde o racionamento de água --iniciado entre abril e junho-- causa mais problemas.

Em Tambaú, os moradores têm 16 horas de água nas torneiras para cada 24 horas sem. Em Santa Rita e em Casa Branca, o abastecimento é cortado diariamente das 6h às 19h.

Segundo especialistas, o problema de desabastecimento na região é a dependência da água de rios que, em épocas em que há falta de chuva, diminuem sua vazão.

Ao contrário de Ribeirão Preto, por exemplo, onde toda a captação da água é feita no aquífero Guarani, no lençol subterrâneo, nas cidades só restam os rios.

Na região, desde o início deste ano, choveu 45% a menos do que a média histórica, segundo dados do Ciiagro (centro de informações agrometeorológicas), da Secretaria de Estado da Agricultura.

A média do acumulado de chuva nos municípios foi de 480 milímetros, quando o esperado era de 878 milímetros.

Segundo a geóloga do Instituto Geológico, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Mara Iritani, apesar do aquífero Guarani atingir parte da região, nesta área o manancial libera pouca água.

Lá, a vazão do Guarani --que pode chegar até 1 milhão de litros por hora em Ribeirão Preto-- chega a, no máximo, 20 mil litros por hora.

Para o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), a região também sofre com falta de estrutura para captação de água superficial, além dos rios da região serem considerados de baixa vazão.

"Se não chove, falta água mesmo nesta região", afirmou o pesquisador Didier Gastmans, do laboratório de estudos de bacias da Unesp.

PRESERVAÇÃO

Segundo o gerente regional da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Marco Artuzo, regiões que dependem exclusivamente de fontes superficiais devem preservar ainda mais suas matas ciliares.

A supressão de vegetação da mata ciliar causa assoreamento dos rio e nascentes.

"É preciso revisar e incrementar ações para preservar as áreas", afirmou Artuzo.

O Daee informou que houve comprometimento nas áreas de preservação no entorno dos rios e nascente da região, e que isto comprometeu a vazão destas fontes.

Os municípios afirmam que estão trabalhando para combater estes desmatamentos e também realizam obras de ampliação e captação para suprir as demandas.

Em Tambaú, por exemplo, o município está com o auxílio da Defesa Civil Estadual, construindo um sistema de captação do rio Macuco.

A autorização de captação de água para consumo humano no manancial foi dada pelo Daae, do Estado.

Em Santa Rita, o Departamento de Obras e Infraestrutura está realizando o desassoreamento da represa. Máquinas são usadas para tirar o excesso de areia e terra da área, aumentando a profundidade do reservatório para que as chuvas o completem.

Em Casa Branca, uma das ações é a implantação de medidas de contenção de perda de água no abastecimento. Esse problema, aliás, é um dos principais para o desperdício da água.


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