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Sem verba, hospital cortará atendimentos

Hospital-Escola de São Carlos diz que suspensão se deve à falta de repasse da prefeitura, que alega pouca verba

Unidade recebe por mês R$ 320 mil e, sem o repasse, afirma não ter como manter o atendimento a adultos

DE RIBEIRÃO PRETO

O Hospital-Escola de São Carlos irá suspender o pronto-atendimento para adultos em outubro caso não receba o repasse mensal feito pela Prefeitura de São Carlos.

A entidade recebe do município R$ 320 mil mensais e um acréscimo de R$ 106 mil, pago a cada três meses, com base em indicadores de qualidade no atendimento.

Sérgio Luiz Brasileiro Lopes, diretor-executivo do hospital, disse que a unidade não conseguirá manter os serviços sem o repasse municipal. O hospital recebe ainda R$ 700 mil do governo federal.

"Sem o repasse municipal, não consigo nem pagar os funcionários [R$ 800 mil por mês], quanto mais os fornecedores de medicamentos e insumos", disse Lopes.

Segundo o secretário de Governo, Júlio Soldado, a prefeitura enfrenta uma crise financeira por causa do bloqueio de repasses federais. Por isso, disse ser necessário o corte das verbas ao hospital por tempo indeterminado.

O repasse de setembro, que deveria ter sido feito até o dia 10, não foi pago. O secretário disse ainda que os pagamentos só devem ser efetuados após a prefeitura receber a verba bloqueada.

Conforme Lopes, o hospital não tem reserva que permita a manutenção dos serviços por alguns meses. Além do orçamento apertado, a prefeitura tem R$ 700 mil em repasses atrasados desde setembro do ano passado.

"Ainda não fomos comunicados sobre o corte do repasse e esperamos bom-senso." A unidade atende por mês cerca de 6.500 adultos.

Além do possível fechamento do atendimento no hospital-escola, a prefeitura também irá reduzir o repasse para a Santa Casa. O valor da redução ainda é estudado.

Gilberto Brina, diretor-superintendente da Santa Casa, disse não ter sido informado do corte. O município já deve R$ 800 mil à unidade.

"Se fechar o hospital-escola, o paciente vai migrar para a Santa Casa ou para a UPA. Ou seja, vamos ter aumento de gastos, não tem como reduzir o repasse e aumentar os pacientes."

Brina afirmou que a Santa Casa não tem como absorver nem mesmo a metade dos pacientes do hospital-escola.

Soldado disse que o atual governo é "vítima" de uma dívida de 20 anos. Desde 2006, o município pagava R$ 158 mil/mês, mas uma decisão da Justiça de 2013 derrubou o acordo. O bloqueio de repasses do Tesouro Nacional já passa de R$ 17 milhões, segundo o município.


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