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Shopping popular vive êxodo de lojistas

Inaugurado há um ano, o complexo que abriga camelôs no centro já perdeu oficialmente 30% dos comerciantes

Lojistas que ficaram dizem que a desistência é ainda maior e culpam a prefeitura por falta de apoio aos vendedores

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

Quedas nas vendas, no movimento e no número de boxes abertos são as principais reclamações dos lojistas do Shopping Popular de Compras de Ribeirão Preto.

O complexo de vendas foi inaugurado pela prefeitura em setembro de 2013, com 93 boxes que foram sorteados para ambulantes da cidade.

O shopping popular recebeu investimento de R$ 500 mil da prefeitura para a reforma do prédio e a aquisição dos boxes e estrutura interna, em uma área útil de 1.500 metros quadrados, dividida em três pavimentos. O gasto foi de R$ 279 mil.

Segundo a prefeitura, hoje, o local conta com 70% dos permissionários que tinha no início --ou seja, 65 boxes.

Na tarde desta quarta (1º), no entanto, a Folha encontrou apenas 30 boxes em funcionamento no local.

"Muitos simplesmente abandonaram", disse Denise Aparecida Targa, 48, dona de um box que vende produtos relacionados a bordado.

Denise afirmou que o movimento caiu drasticamente no local. "Nos primeiros meses eu recebia umas 20 pessoas por dia no box. Atualmente, não passam de cinco pessoas por dia", disse.

Os lojistas alegam que, além da desaceleração da economia sentida por todo o comércio, há descaso da prefeitura, que teria deixado de dar suporte ao shopping.

A administração, porém, informou que paga os encargos do local, como água e energia elétrica, mas que a responsabilidade é dos lojistas.

A lojista Simone Letícia da Silva Alves era ambulante na rua Duque de Caxias antes de se mudar para o centro de compras. "A prefeitura enxotou a gente de lá e nos jogou aqui", afirmou.

Nesta terça-feira (30), ela e outras colegas impediram que uma empresa levasse cadeiras e mesas, com o logotipo de uma empresa de refrigerantes, supostamente por causa do baixo movimento.

Os lojistas reclamam também da falta de divulgação e manutenção do prédio, o que não seria atrativo a clientes.

Além disso, os pontos de prostituição e de vendas de drogas na região, conhecida como "Baixada", também fazem parte das queixas.

"Quando a gente começou aqui, eu vendia R$ 200 por dia. Agora, são R$ 70 por semana", afirmou a vendedora Marisangela da Silva, 29.

Entre os lojistas ouvidos pela reportagem, nem todos têm a mesma opinião.

Dono de um espaço logo na entrada do shopping, Leonidas Ancco, 40, afirmou acreditar que falta empenho dos lojistas para melhorarem as suas vendas.

"As coisas não acontecem como mágica. É preciso buscar uma capacitação e investir no seu negócio para que ele possa ter lucro", afirmou.


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