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'Miniapagões' atingem bairro de Franca desde o início deste ano

Moradores do bairro Cidade Nova afirmam que falhas na energia elétrica duram até seis horas

CPFL diz que a média de tempo sem energia em Franca foi de 5,05 horas no ano, abaixo da média da empresa

DE RIBEIRÃO PRETO

Moradores do bairro Cidade Nova, em Franca, afirmam que "miniapagões" têm sido registrados desde o começo deste ano no local.

Esses "lapsos" de energia elétrica duram alguns minutos ou, quando há tempestade no município, chegam a ser de até seis horas, ainda conforme o relato de moradores do bairro.

A reportagem da Folha tomou conhecimento do caso pelo Folhaleaks, canal criado pelo jornal para receber informações e documentos.

"É só começar a ventar um pouco que cai a energia. Na maior parte das vezes, [a luz] apaga e acende após minutos ou segundos. A gente já começa a desligar os aparelhos", afirma Sidney Prado, morador do bairro.

De acordo com ele, faltou energia elétrica em sua residência neste ano pelo menos dez vezes.

Nas duas vezes em que afirmou ter feito reclamação à CPFL Paulista, concessionária que fornece energia elétrica a 234 municípios do Estado de São Paulo, a resposta, conta, foi que existia um problema de queda em torres de transmissão.

"Acho péssimo, porque a gente paga uma conta alta de luz e ela ainda falta", afirmou o aposentado João Roberto Tonhati, 71, também morador do Cidade Nova.

Outra crítica feita por eles é que há luz mesmo o bairro sendo perto de uma central elétrica em Franca, cidade que também está a aproximadamente 80 quilômetros de hidrelétricas instaladas no rio Grande -que divide São Paulo de Minas Gerais.

Proprietária de uma loja de presentes no bairro, Luziane Campos Guedes Bonfim afirma que, em um dos apagões, há cerca de um mês, o fornecimento de energia elétrica acabou às 16h e só voltou perto das 22h.

"Sem a energia, as máquinas de cartão de crédito não funcionavam. Tive de dispensar clientes e anotar o valor para cobrar depois", afirmou a comerciante.

OUTRO LADO

Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, a CPFL Paulista informou que a média de tempo sem energia elétrica em Franca foi de 5,05 horas no ano, abaixo da média da própria empresa (6,76 horas) e também da média nacional (18,36 horas).

Sobre os motivos para as quedas, informou que ocorreram devido a fatores externos que não estão sob seu controle, como queda de raios, vandalismo, pássaros que provocaram curto na rede, queda de árvores ou acidentes com funcionários.

A concessionária informou ainda que não é possível fazer uma relação entre a proximidade de um município com centrais hidrelétricas, como as do rio Grande, uma vez que toda energia distri-buída pela CPFL Paulista, assim como a das demais empresas, chega pelo SIN (Sistema Interligado Nacional).

O sistema coordena e agrupa a produção e transmissão de energia em todo o país, e toda energia produzida pelas usinas passa primeiro pelo SIN, antes de chegar às concessionárias.


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