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Ribeirão

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Engenheiros apontam falta de manutenção em pontes

Rachaduras e blocos soltos são vistos ao longo da av. Francisco Junqueira

Ponte cedeu no último domingo na avenida Plínio de Castro Prado; prefeitura afirma que faz reparos periódicos

JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO

Antigas e não projetadas para o volume atual de carros, as pontes em avenidas como a Francisco Junqueira, em Ribeirão Preto, carecem de manutenção.

É o que apontam engenheiros ouvidos pela Folha. Eles dizem que falta manutenção nas pontes da cidade. Consultada, a prefeitura garante, porém, que os reparos são periódicos.

Problemas nas estruturas das pontes foram expostos após o acidente no último domingo, quando uma ponte cedeu entre as avenidas Francisco Junqueira e Plínio de Castro Prado. O trecho seguia bloqueado até ontem, o que veio provocando lentidão no trânsito na região.

Além de ouvir especialistas, a Folha percorreu ontem as 16 pontes na Francisco entre a rotatória Amin Calil e a avenida Maurilio Biagi. Na maioria delas, as fissuras são visíveis e chamam a atenção até mesmo de um leigo.

No viaduto que dá acesso à avenida Costábile Romano, por exemplo, há rachaduras nas duas bases. Pelas frestas, até plantas nasceram.

Uma das falhas mais salientes pode ser vista na ponte da rua Fagundes Varela. Há grandes blocos de concreto soltos na sua base.

"Visualmente, sem uma análise profunda, dá para perceber que a manutenção é superficial. Não se vê uma mais cuidadosa, prevendo impermeabilização de fissuras, onde aparecem a armação da ponte e a troca dos apoios", disse Antônio Mário Ferreira, docente do curso de engenharia civil da Unaerp.

SEM MANUTENÇÃO

Para o engenheiro civil Lucas Miranda, professor do mesmo curso no Centro Universitário Moura Lacerda, quase não se verifica a manutenção desse tipo de estrutura por parte da prefeitura. Outros trechos também apresentam problemas, diz ele, como algumas pontes na avenida Antonio e Helena Zerrener.

Deixar de lado a manutenção preventiva de pontes e passarelas é um defeito que não se restringe a Ribeirão, mas a todo o país, afirma o engenheiro civil Roberto Maestrello, ex-presidente da Aeaarp, entidade que reúne engenheiros e arquitetos.


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