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Ribeirão

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Interior paulista já sofre com falta de gás

Há revendedoras que preveem falta do produto já amanhã; Ribeirão, São Carlos e Araraquara estão com baixo estoque

Problema ocorre devido à greve de funcionários de empresas de distribuição de gás, iniciada há sete dias

JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO AUGUSTO FIORIN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Os estoques de gás de cozinha no interior de São Paulo estão até 90% abaixo do normal e já há falta em revendedoras de localidades como Sorocaba, Campinas, São Carlos e Araraquara.

A situação é reflexo da greve de funcionários de empresas de distribuição de gás, iniciada há uma semana em todo o Estado de São Paulo.

"O gás está racionado em São Paulo", disse Giovanni Buzzo, presidente do Siregás, entidade que representa os revendedores de gás do interior paulista.

A falta de botijões para a venda em algumas cidades acabou por sobrecarregar as unidades que enchem os botijões em outras regiões.

É o caso de Ribeirão Preto. Uma das unidades de engarrafamento, que normalmente processa cerca de 14 mil botijões por dia, há dez dias precisou criar um novo turno de funcionários e está recarregando até 30 mil unidades por dia, para abastecer outras regiões, como Campinas.

Há caminhões com botijões vazios que já esperam por até três dias nas portas de pontos de engarrafamento em diversas cidades para carregar a carga.

Algumas lojas já temem desabastecimento. Em Ribeirão, na revenda Avenida do Gás, havia ontem cem unidades no estoque, muito abaixo da média de 280. "Se nada mudar, domingo já posso ficar sem gás", afirmou o dono Marcos Vinicius Ilário.

Outra revenda, a Neil Gás, na Vila Virgínia, estava ontem com cerca de 30 botijões -normalmente, estoca o triplo dessa quantidade.

Em Araraquara, ontem à tarde, a Fergás, na Vila Xavier, tinha apenas oito botijões disponíveis, quando o estoque normalmente chega a 130 unidades.

Os rumores de que poderia faltar gás provocou também uma corrida de moradores a pontos de venda.

"Hoje recebi umas 50 ligações de gente preocupada que vai faltar gás", afirmou Airis Faria Ribeiro, dono de uma revenda em Franca.

Em Araçatuba, de cinco distribuidoras pesquisadas pela Folha, quatro estão sem estoque e a outra já foi informada de que não haverá gás na próxima semana. Também de cinco locais de São José do Rio Preto, apenas um trabalhava normalmente.

PREÇO

A falta, somada à alta procura, puxou para cima o preço do botijão. Se normalmente ele custa de R$ 44 a R$ 48, em alguns casos houve aumento de R$ 5.

De acordo com o Siregás, essa taxa a mais foi repassada nos casos em que os donos tiveram de gastar com frete para buscar gás em locais distantes -até mesmo de outros Estados.


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