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Aos 188 e conhecida pelos sapatos, Franca diversifica economia

Cidade, que faz aniversário na próxima quarta, vê setores de comércio e serviços crescerem mais do que a indústria

Na década de 1980, as fábricas representavam 60% do PIB francano; hoje, porcentagem é de um pouco mais de 20%

Edson Silva/Folhapress
Comércio na rua Major Claudiano, no centro de Franca, cidade que faz 188 anos na quarta-feira
Comércio na rua Major Claudiano, no centro de Franca, cidade que faz 188 anos na quarta-feira
LEANDRO MARTINS DE RIBEIRÃO PRETO

Reconhecida nacionalmente como polo da fabricação de calçados masculinos, Franca chega aos 188 anos com um movimento de diversificação da economia local.

Segundo dados do município nos últimos anos, setores como comércio e serviços vêm crescendo num ritmo superior ao da indústria.

Franca faz 188 anos na próxima quarta-feira, quando se comemora a emancipação do município, ocorrida em 1824. Para festejar a data, a prefeitura planejou uma série de eventos.

Em seus quase dois séculos, Franca tornou-se conhecida no país justamente pelo principal produto que sai de suas fábricas, a ponto de um sapato estar presente na bandeira do município -outro ícone é a bola de basquete, esporte símbolo da cidade.

No entanto, números mais atualizados do PIB (Produto Interno Bruto), que representa as riquezas geradas pelo município, mostram avanço de outros setores de forma mais rápida ante a indústria.

No período de 1999 a 2009, o PIB da cidade cresceu 157%, atingindo o montante de R$ 4,2 bilhões. Nesse mesmo intervalo de tempo, o valor adicionado pela área de comércio e serviços avançou 163%, à frente do setor industrial, que cresceu 128%.

O avanço mais acelerado do chamado setor terciário é um movimento que vem sendo percebido na cidade a partir dos anos 1980, diz o economista Hélio Braga Filho, professor do Uni-Facef (Centro Universitário de Franca).

Segundo ele, que pesquisa a economia francana, até os anos 1980 a produção industrial representava 60% do PIB do município. No último levantamento, de 2009, ficou pouco acima de 20%.

FENÔMENO

Essa "terceirização" da economia, diz o pesquisador, é um fenômeno que atingiu todo o país e foi sentido com força em Franca. "Houve forte crescimento do varejo e do setor de serviços, com destaque para as áreas de saúde e educação", diz Braga Filho.

O crescimento de outros setores é visto com bons olhos pelo presidente da Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca), José Alexandre Carmo Jorge, ele próprio do segmento de serviços. Ao diversificar a economia, o município fica menos sensível a crises sofridas por um único setor, afirma.

Micro e pequenas empresas caminham nessa mesma direção, diz Iroá Nogueira Lima Arantes, gerente regional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em Franca.

Um dos impulsos para isso foi a legislação que tornou mais fácil a regularização de pequenos negócios que antes atuavam na informalidade.

De 2009 até 2012, segundo ela, 6.000 novos cadastros de pessoa jurídica dos chamados microempreendedores individuais foram feitos na cidade, com predomínio para comércio e serviços.


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