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Ribeirão

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Valor do IPTU vai subir até 300% na zona sul da cidade

Proposta para revisão da planta genérica faz parte de plano da prefeitura

Polêmico, o projeto enfrenta resistência; ontem, Câmara aprovou convocação de secretário para ele explicar plano

Edson Silva/Folhapress
Vista da região da av. João Fiúsa, que terá alta de IPTU
Vista da região da av. João Fiúsa, que terá alta de IPTU
ANGELO SASTRE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO

A atualização da planta genérica de valores proposta pela Prefeitura de Ribeirão Preto resultará, em alguns bairros da cidade, em aumento de até 300% no valor do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em 2013.

Num exemplo dado pela própria prefeita reeleita Dárcy Vera (PSD), imóveis que hoje têm valor de mercado de R$ 1 milhão na região da avenida João Fiúsa, apresentam valor venal -registro na Secretaria da Fazenda que serve de base de cálculo para o o IPTU- de R$ 200 mil.

"[Assim] O valor do metro quadrado do Parque Ribeirão [periferia da cidade] é o mesmo do Jardim Califórnia [área nobre]", disse a prefeita.

Apesar desse aumento, o secretário da Fazenda, Francisco Sérgio Nalini, afirmou que o aumento médio do IPTU deverá ser de 80%.

"Os bairros da zona sul [área nobre] devem concentrar os maiores índices em razão da explosão imobiliária registrada nos últimos anos."

O secretário afirmou ainda que a atualização dos valores venais contará com uma redução de 20% em relação ao preço do mercado.

"Como o mercado imobiliário está aquecido, acredito que teremos pouca margem de redução. No entanto, vamos estabelecer o valor venal com base em 80% do valor praticado nos processos de compra e venda", disse.

Ontem pela manhã, a Prefeitura de Ribeirão entregou o projeto ao vice-presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) da cidade, Walter Alves de Oliveira, que coordenará o trabalho de revisão.

A entidade, com cerca de 1.400 corretores na cidade, terá um prazo de 12 dias para avaliar cerca de 260 mil registros de imóveis.

O projeto da prefeitura ainda encontra resistência na Câmara -mesmo o governo tendo a maioria na Casa. Ontem, foi aprovada a convocação de Nalini para explicar o plano aos vereadores, no dia 4.

PÓS-ELEIÇÕES

Desde o primeiro ano de gestão de Dárcy, em 2009, fala-se na revisão da planta genérica do município. No ano passado, a medida foi novamente cogitada, mas acabou descartada para evitar desgaste eleitoral neste ano.

Poucos dias depois de sua reeleição, Dárcy finalmente concluiu o projeto para enviá-lo à Câmara.

A prefeitura passa por dificuldades financeiras. A última previsão de receitas e despesas do governo indica resultado negativo de R$ 82,2 milhões para este ano.


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