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Câmara libera prédio maior na Ribeirânia
Projeto de Dárcy Vera permite edifícios de 12 andares em região onde só dez pavimentos eram liberados
Oposição insinua que nova lei é uma 'forma de pagamento para quem ajudou na eleição' da prefeita
| Edson Silva/Folhapress | ||
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| Área próxima ao parque Curupira; Câmara aprovou projeto que libera a construção de prédios de 12 andares naquela região |
A Câmara de Ribeirão Preto aprovou anteontem à noite um projeto de lei que muda as regras de ocupação imobiliária na região próxima ao parque Luiz Roberto Jábali, o Curupira. O texto permitirá, por exemplo, a construção de prédios de até 12 andares onde hoje, no máximo, são permitidos dez pavimentos.
O projeto, assinado pela prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), enfrentou resistência da oposição e recebeu seis votos contrários, o que não serviu para barrar a aprovação da maioria.
Agora, segundo a vereadora de oposição Silvana Resende (PSDB), os vereadores contrários às mudanças na região do parque Curupira estudam a possibilidade de entrar com uma ação judicial ou representação no Ministério Público para tentar anular a votação ocorrida anteontem.
"O projeto tem inúmeros erros, não foi precedido de audiência pública [necessária em textos que alteram o uso e ocupação do solo] e pode abrir a porteira para que outras propostas como essa possam ser aprovadas dessa forma totalmente equivocada", afirmou a tucana.
Ela afirmou ainda que o projeto de Dárcy "parece ter sido encomendado por alguém que quer se beneficiar dessas mudanças". Sem dizer nomes, Silvana questionou: "Será que [a nova lei] não vem como uma forma de pagamento para quem ajudou na eleição?"
'PRESERVADO'
O secretário da Casa Civil, Layr Luchesi, afirmou ontem que as mudanças nas regras de ocupação do solo nas proximidades do Curupira não vão prejudicar o parque.
"Toda região permanecerá absolutamente preservada", afirmou Luchesi sobre a possibilidade de as novas construções afetarem a paisagem em volta do Curupira.
A última alteração feita pela prefeitura nas regras de ocupação do solo foram neste ano, pouco antes das eleições de outubro. Na época também houve resistência da oposição na Câmara.
