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Ribeirão

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Lei que libera prédios altos é questionada

Oposição e moradores vão à Promotoria contra imóveis comerciais no entorno do parque Curupira, em Ribeirão

Suspeita é que mudança tenha sido feita para permitir construção de nova loja; prefeitura diz que alteração é legal

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Vereadores de oposição e associações de moradores de Ribeirão Preto vão ao Ministério Público Estadual contra a lei que alterou a ocupação do entorno do parque Prefeito Luiz Roberto Jábali, o Curupira, na região da Ribeirânia.

No último dia 4, a Câmara aprovou projeto de lei de autoria da prefeita Dárcy Vera (PSD) que permite, entre outras coisas, a construção de imóveis comerciais, de prestação de serviços e institucionais em áreas antes destinadas exclusivamente a casas.

Os limites das edificações também foram alterados, permitindo prédios mais altos no bairro, uma região nobre da cidade.

Os vereadores Gilberto Abreu (PV), Gláucia Berenice (PSDB), Silvana Resende (PSDB) e Bertinho Scandiuzzi (PSDB) ingressaram ontem com uma representação no Ministério Público solicitando a instauração de inquérito civil para apurar o caso.

Segundo Abreu, a simples alteração da paisagem do local já implica em intervenção no patrimônio público. "Esse projeto joga por terra toda a destinação de proteção de paisagem que existe ali [no entorno do parque]", afirma.

Outra motivação para o pedido se baseia em reportagem publicada no último dia 8 no jornal "A Cidade", segundo a qual a alteração na lei beneficia a empresa Brashop S.A., proprietária da rede de lojas de departamentos Havan.

Em março, a Brashop comprou dois terrenos na esquina das avenidas Maurilio Biagi e Costábile Romano, em trecho onde antes só poderia haver casas -com a mudança na lei, a empresa poderá construir a unidade no local.

"O favorecimento à empresa é um fator grave. Uma vez aberta uma exceção dessas, possibilidades futuras ocorrerão", afirma o vereador.

Procuradas, a Prefeitura de Ribeirão Preto disse, por meio de sua assessoria, que a alteração é legal. Já a rede de lojas Havan não se pronunciou (leia texto nesta página).

MAIS AÇÕES

Não é só a oposição que está insatisfeita com as alterações no entorno do Curupira. Associações de bairros da região se uniram e devem ingressar com pedido de abertura de inquérito civil contra a prefeita na próxima quarta.

"No nosso entendimento, a prefeita altera a legislação do parcelamento do solo, o código do meio ambiente e o código de obras", afirma Honildo Pereira Pinto, presidente da Asac (Associação Amigos do Jardim Canadá).

O Comur (Conselho Municipal de Urbanismo) e o Condema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) também não foram consultados para a elaboração do projeto, ainda de acordo com o presidente da entidade.

Pelo menos dez associações comunitárias já se juntaram à Asac para entrar com a representação, segundo Pereira Pinto.


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