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Ribeirão

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Falta de prova e contradições dificultam investigação

Em 2 casos arquivados, promotor diz que testemunhas deram versões diferentes ou perícia mostrou o oposto

DE RIBEIRÃO PRETO

A falta de provas sobre os autores dos disparos, feitos muitas vezes à noite por pessoas com o rosto coberto, e a contradição de testemunhas dificultam a solução dos crimes de 2006.

A opinião é do promotor criminal José Roberto Marques, de Ribeirão Preto.

Ele foi o autor do pedido de arquivamento de dois casos emblemáticos de 2006: do catador de papelão Juliano Diogo, morto com seis tiros por PMs, e de Michel dos Santos, cujo corpo foi achado no rio com as pernas serradas e um dos olhos arrancado.

No caso de Diogo, três policiais argumentaram que ele teria reagido à abordagem e atirado contra eles.

Na época, testemunhas disseram que viram PMs colocando uma arma na mão do catador. Mas no processo, diz Marques, as duas testemunhas foram ouvidas e deram versões diferentes, inclusive sobre o carro do policial.

De acordo com a perícia, ainda segundo o promotor, pela pouca luz e distância, eles não poderiam ter visto a suposta cena forjada.

Do filho, Irene Diogo só guardou uma foto, que a chuva na parede simples da casa apagou o rosto. "Mas ele não sai um dia da minha cabeça."

Quanto a Santos, um adolescente na época disse ter visto ele sendo abordado por PMs no dia em que sumiu.

No processo, diz Marques, não se provou que eram policiais. "Se surgirem novas provas, reabrimos os casos." Sogra de Santos, Maria Aparecida da Silva diz que a neta, 7, pergunta às vezes do pai. "Está no céu", responde ela.


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