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Telefonia lidera queixas ao Procon em 2012

Bancos, gigantes varejistas e fabricantes de eletrônicos também figuram em ranking do órgão em Ribeirão Preto

Empresas afirmam adotar ouvidoria e modificar serviços para reduzir as reclamações de consumidores locais

Márcia Ribeiro/Folhapress
A desempregada Osmarina dos Santos Facciollo, que registrou queixa ontem no Procon
A desempregada Osmarina dos Santos Facciollo, que registrou queixa ontem no Procon
GUSTAVO STIVALI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

A telefonia liderou as queixas ao Procon de Ribeirão Preto em 2012, em ranking que tem ainda bancos, eletrônicos e gigantes varejistas.

A lista é liderada pela Claro, que ao longo do ano passado recebeu 82 reclamações formais. O número é mais do que o dobro das 36 queixas contra a empresa registradas em 2011, quando a Claro ficou com a sexta posição no ranking do Procon local.

A BV Financeira é a segunda empresa que mais recebeu queixas de clientes. Foram 51 no total. Em 2011, a financiadora sequer aparecia na lista dos campeões de reclamações em Ribeirão.

Em seguida no ranking aparecem a LG, com 44 reclamações, a Embratel e a Motorola, ambas com 41. Também integram o ranking os bancos Itaú, Carrefour e Bradesco, além das lojas Magazine Luiza e Carrefour.

O chefe do Procon de Ribeirão, Paulo Garde, disse que a maior parte das reclamações em 2012 foram referentes a cobranças indevidas em boletos, para o caso de bancos e empresas de telefonias, e à demora em assistência técnicas, para o caso das marcas de produtos eletrônicos.

Ainda segundo Garde, as reclamações envolvendo lojas de varejo estão mais relacionadas a problemas na entrega de produtos. "Grande parte dos casos são simples. As empresas poderiam resolvê-los assim que a reclamação chegasse ao gerente."

O ranking das empresas que mais receberam queixas em Ribeirão mantém similaridades com o ranking de reclamações do Estado, elaborado pelo Instituto Procon.

O ranking estadual, que obteve 8.000 reclamações no ano passado, também é dominado por bancos e grupos de telefonia móvel.

Para a coordenadora do Instituto Pro Teste, Maria Inês Dolci, colunista da Folha, empresas dos dois segmentos recebem um grande volume de queixas de clientes pois adotam práticas de mercado pouco transparentes.

"Há anos as empresas de telefonia lideram a lista de reclamações em órgãos de defesa do consumidor. Isto mostra que a Agência [Anatel] tem que reforçar seu papel de fiscalização e punir devidamente essas empresas."

As políticas de concessão de crédito fácil e o acesso das classes C e D ao mercado consumidor, por sua vez, explicam o total de reclamações obtido pelos bancos ao longo de 2012, de acordo com ela.

Em casos de conflitos com empresas ou lojas, a recomendação é que o consumidor procure o Procon de sua cidade.

De acordo com Dolci, a dica continua a ter validade mesmo em tempos em que as reclamações via rede social se tornam mais comuns. "Procurar a Defesa do Consumidor ajuda, pois é formado um banco de dados de reclamações."


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