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Ribeirão

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Alta da dengue vira briga política na região

Segundo atuais prefeitos, descaso de gestões passadas com prevenção fez aumentar número de casos em janeiro

Troca de governos e introdução do tipo 4 são fatores que podem impulsionar vírus em 2012, diz especialista

GUSTAVO STIVALI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

A alta de casos de dengue em cidades da região de Ribeirão Preto em janeiro virou motivo de briga política. Todas as seis cidades que concentram as confirmações da doença em 2013 tiveram troca de prefeitos.

E, exceto Guará e Orlândia, os atuais mandatários de Barretos, Ituverava, Guaíra e Miguelópolis atribuem o aumento ao descaso das gestões passadas com a prevenção.

Prefeitos e secretários dos governos anteriores negam que relaxaram em ações preventivas (leia texto ao lado).

A troca de prefeitos, além da reintrodução do vírus tipo 4, são os dois fatores que impulsionarão o surgimento de mais casos neste ano, segundo Ivo Castelo Branco, consultor de dengue da Organização Mundial da Saúde.

"Geralmente, em anos com troca de prefeitos, há a interrupção de ações de controle de vetores."

'POUCA COLABORAÇÃO'

Em Barretos, onde a prefeitura decretou estado de emergência no dia 18 por epidemia da doença, a secretária da Saúde, Naima Khatib, disse que a gestão passada foi "pouco colaborativa" no controle da dengue.

Conforme ela, trabalhos de limpeza de terrenos e coleta de materiais que podem abrigar criadouros deixaram de ser feitos no final de 2012.

Mais do que notificações, a preocupação é com a quantidade de criadouros que têm sido encontrados -o número, porém, não foi informado.

Em janeiro, foram confirmados 310 pacientes com dengue, e 752 casos ainda aguardam resultados.

SEM PREVENÇÃO

A dengue também atingiu patamar epidêmico em Ituverava: 184 casos foram confirmados até sexta. O número é 92 vezes maior que o registrado no mesmo período de 2012.

A prefeitura informou, em nota, que a atual situação da cidade é decorrente "do abandono das ações de controle por parte da gestão anterior".

O chefe da Vigilância de Saúde de Guaíra, Wilker Oliveira, disse que o trabalho de prevenção também deixou de ser feito no município, que registra 54 casos confirmados -o número é seis vezes maior que o registrado no mesmo período de 2012.

A interrupção de ações preventivas também é citada pelo secretário da Saúde de Miguelópolis, Miguel Antunes Moisés, como motivo para aumento da doença na cidade.

Até o momento, foram 83 confirmações. Em janeiro passado, não houve nenhum registro. "Após a eleição, ficamos três meses sem ações preventivas na cidade."


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