Folha de S.Paulo

Novatos defendem independência a Dárcy

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Vereadores novatos, que pela primeira vez compõem o Legislativo de Ribeirão Preto, defenderam independência ontem na primeira sessão do ano e prometeram manter posição crítica, se necessária, ao governo Dárcy Vera (PSD).

Apesar de filiados a partidos que deram sustentação à reeleição da prefeita, Ricardo Silva (PDT), Paulo Modas (PR), Rodrigo Simões (PP) e Viviane Alexandre (PPS) disseram à Folha que vão tomar atitudes de acordo com os interesses da população.

Dos novatos, apenas Maurício Gasparini (PSDB) e Marcos Papa (PV) declararam que farão oposição ao governo.

Paulo Modas disse, por exemplo, que os projetos serão analisados caso a caso. "Vou discutir com a minha assessoria e verificar o que é melhor para a cidade. Não estou aqui para aceitar tudo."

Viviane Alexandre também afirmou ter autonomia para decidir. "Serei independente. Meu partido é da base [da prefeita], mas tenho poder para discutir todas as questões", disse. "Vou bater no que estiver errado e vou fiscalizar os atos do Executivo."

Ricardo Silva, o mais votado (9.416 votos), que no início do ano fez críticas à composição da Mesa Diretora -formada só por vereadores "veteranos"-, disse que terá uma postura independente.

"Minhas análises serão técnicas. Votarei a favor do que for benéfico à população."

Rodrigo Simões pregou coerência e independência: "Fui eleito fazendo parte da base [de Dárcy], mas quero votar conforme os anseios e necessidades da população".

OPOSIÇÃO

Os partidos PSDB, de Maurício Gasparini, e PV, de Marcos Papa, foram adversários de Dárcy na eleição de outubro de 2012. "A democracia respira por meio da oposição", diz Gasparini.

Para Marcos Papa, as discussões devem ser equilibradas. "Vou fazer uma oposição responsável."

Dois vereadores não compareceram ontem. Beto Cangussu (PT), que volta à Câmara, foi resolver problemas particulares, segundo sua assessoria. O reeleito Saulo Rodrigues (PRB), diz sua assessora, estava em Brasília para compromissos partidários.

Até a conclusão desta edição, a Câmara não havia votado os representantes das 13 comissões do Legislativo.