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Ribeirão

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De cada 10 homicídios, 4 aguardam solução

Ribeirão, Franca, São Carlos e Araraquara tiveram 150 crimes do tipo em 2012, dos quais 88 foram esclarecidos

Para especialistas, taxa de solução de homicídios na região supera a nacional, mas está abaixo do ideal

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Dados da Polícia Civil apontam que de cada dez casos de homicídios ocorridos no ano passado nas maiores cidades da região de Ribeirão Preto, em média quatro continuam sem esclarecimento.

Levantamento feito pela Folha mostra que, juntas, Ribeirão, Franca, São Carlos e Araraquara tiveram 150 homicídios em 2012, dos quais 88 foram solucionados -taxa de esclarecimento de 58%.

O total de casos não corresponde ao número de pessoas mortas, já que num ataque pode haver mais vítimas.

Especialistas em segurança pública dizem que a média de homicídios esclarecidos na região é superior à brasileira, mas ainda está abaixo do ideal (leia ao lado).

Nas quatro cidades, a situação é pior em Ribeirão Preto e Araraquara, onde os casos elucidados giram em torno de 50% (veja quadro).

O titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Ribeirão, Paulo Henrique Martins de Castro, diz que muitas mortes ocorrem em confrontos entre traficantes, o que dificulta a apuração.

"Ninguém dá informação, por medo. Dessa forma, não conseguimos chegar ao autor, juntar provas e o caso não é esclarecido", afirma.

Em Araraquara, o delegado da DIG, Elton Negrini, admite que o índice de esclarecimento deveria ser maior, mas diz que os crimes em aberto continuam sendo investigados. "Em alguns casos não achamos testemunhas. Quando alguém vê alguma coisa, não fala, por temer represália", afirma Negrini.

O delegado seccional de São Carlos, Luís Antônio Rodrigues, considera que o índice de esclarecimentos na cidade (65%) é acima do patamar de muitos municípios do mesmo porte, mas afirma que a Polícia Civil não está satisfeita com o quadro.

"Índice bom é 100% [de esclarecimentos], mas alguns casos são complexos, como os crimes motivados por acerto de contas entre bandidos."

Em crimes desse tipo, de acordo com Rodrigues, testemunhas não querem se envolver e, com isso, não colaboram com as investigações.

Entre os casos não solucionados estão duas chacinas, uma em São Carlos com sete mortos e outra em Araraquara, com cinco (leia ao lado).

ÍNDICE MAIS ALTO

Já em Franca, há um índice mais alto de elucidações: 89%. Dos 18 casos de homicídios ocorridos na cidade em 2012, 16 foram solucionados. O delegado da DIG, Márcio Garcia Murari, credita a elevada taxa ao bom trabalho da sua equipe de investigação.

Ele afirma que, quando ocorre um assassinato, os investigadores são imediatamente acionados. "São profissionais experientes", diz.

Os números citados no levantamento feito nos quatro municípios não incluem os latrocínios, que são casos de roubos seguidos de morte.


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